O governo federal já fechou 19 acordos com companhias para a construção de ferrovias através da autorização, sem a obrigatoriedade do leilão. Com isso, serão 6.498 km de malha nova e R$ 90,74 bilhões em investimentos. Os contratos valem por 99 anos, podendo ser estendidos para mais 99.
A maior parte dos aportes deve ser realizado nos primeiros cinco anos, declara o secretário de Transportes Terrestres, Marcello Costa.
O minério e o agronegócio serão os setores mais atendidos, com 32,8% de perfis de cargas das ferrovias solicitadas, de acordo com a publicação do Ministério da Infraestrutura. Em seguida vem a celulose e carga geral com 10% e 60,2%, respectivamente.
Até o momento, 70% dos produtos transportados pelas ferrovias brasileiras são minério e 15% são grãos.
“A próxima revolução ferroviária vai passar pela maior diversificação de produtos carregados, que terão maior valor agregado. O contêiner, que as novas já carregam, entra nessa lógica”, destacou Costa, de acordo com o Poder 360.
Na primeira fase já foram analisados 21, incluídos os 19 assinados, totalizando 16 mil km de novas ferrovias e R$ 200 bilhões em investimentos. “Neste ano teremos projetos, licenciamento e desapropriações”, disse Costa.
Para 2022, o Ministério tem a expectativa de entregar 254,6 km de malha instaladas, mais que nos dois anos anteriores.