'O futuro precisa se basear em investimento', afirma Temer

O ex-presidente defendeu a entrada de capital estrangeiro no país, ele também comentou que o embate nas últimas semanas entre os Poderes está "se esgotando".

O ex-presidente Michel Temer (MDB) defendeu a maior entrada de capital estrangeiro no Brasil e afirmou que “não tem que ter preconceito” com os investidores externos, durante evento virtual realizado nesta terça-feira (14). O político também afirmou que os embates entre os Poderes estão “se esgotando” e que tudo deve ser normalizar nos próximos dias.

“O futuro tem que se basear em investimento, o povo quer é resultado, se o resultado for positivo não importa de onde venha, não tem que ter discussão se o dinheiro foi do lado A ou lado B. Não tem que ter preconceito com o investimento estrangeiro, mas também deve ter atenção ao investimento público para a realização de obras na infraestrutura” , afirmou Temer.

Disfuncionalidade Pública

Ao ser questionado sobre uma possível disfuncionalidade do poder público, Temer comentou que nas últimas semanas houve embate entre os poderes, mas que tudo já está “se esgotando”, o ex-presidente também deu exemplos de intrigas durante seu mandato:

“No meu governo também tive problemas com o judiciário, mas nós nunca nos rebelamos contra as decisões judiciais, isso não faz bem para a política, nos brigávamos apenas judicialmente. Nas últimas semanas houve embates entre os Poderes, mas acredito que está se esgotando, cada um está vendo seus limites intitucionais, vai se normalizar”.

Sistema Político

Temer também foi perguntado sobre o atual sistema político brasileiro e o número excessivo de partidos vigentes no país, o presidente fez duras críticas ao presidencialismo e comentou que se criou um “trauma institucional” por conta dos numerosos pedidos de impeachment ao longo da história.

“O presidencialismo está esfarrapado. Olhando o histórico, todos os presidentes receberam inúmeros pedidos de impedimento, foi criado um trauma institucional. Para mudar o sistema brasileiro é preciso adotar um semi-presidencialismo/parlamentarismo, criando um bloco da oposição e um de sustentação, assim, na prática limita os partidos para apenas dois. Em Portugal isso já é feito”, defendeu Temer

O político disse que a adoção do semi-parlamentarismo possui três grandes vantagens; a resolução do trauma institucional causado pelos pedidos de impeachment, em caso de mudanças no governo não causaria desgaste na população e por fim, o aumento da responsabilidade institucional dos parlamentares.

A moderação da mesa foi feita pelo ex-deputado Nelson Jobim (MDB), ele também possui passagens como ministro da Justiça (1995-1997), ministro do Supremo Tribunal Federal (1997-2006), ministro da Defesa (2007-2011), além de ter presidido o Tribunal Superior Eleitoral (2001-2003).

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