O que é um Bondholder no mundo dos investimentos

É importante lembrar que o bondholder é um credor e não importa o tipo de título de dívida que compre, ele não intervém diretamente nas atividades do emissor

O mercado de investimentos está repleto de nomes e siglas que as pessoas precisam conhecer e lembrar. Dentre esses nomes, talvez você já tenha se deparado com o termo ‘’Bondholder’’. Bom, mas o que é isso? Vem que a BP Money explica.  

Para saber o que é um Bondholder é preciso, primeiramente, saber um pouco sobre o tipo de investimento muito popular em todo o mundo, mas que é pouco divulgado: bond.  

Bond em português pode ser traduzido como “obrigação” no mundo dos investimentos. São uma espécie de título de dívida, podendo ser emitido pelo governo ou por empresas privadas e, apesar de existirem no Brasil, eles são mais comuns no exterior.  

Partindo desse princípio, se bonds são títulos de crédito, seus detentores podem ser chamados de bondholders. LCIs e LCAs, CRIs e CRAs, letras de câmbio, letras financeiras, títulos do Tesouro, CDBs e debêntures são exemplos de títulos que fazem de um investidor um bondholder.  

 Falando de debêntures podemos citar a Petrobras, que em fevereiro deste ano desembolsou R$ 33,5 milhões para pagar os juros de debêntures da companhia.  

Qualquer investidor, seja uma pessoa ou entidade, que que empresta dinheiro diretamente para uma empresa ou governo, sem a mediação dos bancos se encaixa nessa nomenclatura. Fazendo isso, se torna um credor, com direito a receber de volta o que emprestou, acrescentando juros, dentro de um prazo determinado.  

Principais benefícios  

Já que atualmente estamos lidando com a inflação e a instabilidade nacional em muitos segmentos, podemos dizer que a segurança é o principal benefício de ser um bondholder. Isso acontece porque os bonds são, de maneira geral, considerados uma alternativa de investimento mais segura do que as ações.  

Portanto, enquanto o rendimento do acionista depende do desempenho do emissor no mercado, o rendimento do bondholder é independente. Então, mesmo que uma empresa ou governo emissor de bond esteja enfrentando um momento financeiro fraco, ele ainda tem o dever de pagar os bondholders.  

Outro benefício é que, caso o emissor chegue à falência, os ativos do emissor falido serão vendidos, leiloados ou penhorados para pagar os credores e os bondholders vão receber primeiro.  

Assim como tudo no mundo dos investimentos, ser um detentor de bonds pode apresentar riscos como a inadimplência no pagamento. Embora o emissor tenha o dever de pagar, independentemente de suas condições financeiras, isso não é garantia do pagamento.  

Mas graças a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), caso algo desse tipo aconteça, o investidor não perde todo o capital que utilizou para a compra dos títulos.  

É importante lembrar que o bondholder é um credor, não um sócio. Por isso, não importa o tipo de título de dívida que compre, ele não intervém diretamente nas atividades do emissor. 

 

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