OCDE reduz previsão de crescimento global

A previsão do PIB brasileiro foi mais baixo que a média global.

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu sua previsão, em um décimo, para o avanço da economia mundial. Segundo a instituição, após a recuperação de 5,6% em 2021, o crescimento global deve subir para 4,5% no próximo ano e desacelerar o ritmo para 3,2% em 2023.

Em relatório, foi destacado o desequilíbrio na recuperação da economia dos países, mas, ainda sim, as perspectivas são cautelosamente otimistas. Contudo, os principais pontos de preocupação são a saúde, restrições de oferta, inflação e o cenário político. Esses fatores promovem receios aos mercados, especialmente em meio a pandemia do Coronavírus. Um exemplo é a descoberta de uma nova variante da Covid-19, o Ômicron, que provocou uma queda generalizada nas bolsas.

Diante disso, a previsão é que a inflação atinja um pico na virada de 2021 para 2022, antes de recuar gradualmente para 3% como um todo até 2023. Nesse sentido, o aconselhado pela OCDE é que os bancos centrais aguardem as ofertas diminuírem para então realizarem algum movimento, se necessário.

A organização também falou sobre as questões climáticas. Segundo ele, “a incerteza política sobre a jornada em direção às emissões líquidas de carbono zero está impedindo o investimento em energia limpa e infraestrutura”.

Desta forma, quanto maior a espera dos governos, maiores são os riscos de um aumento considerável, e uma volatilidade, nos preços de energia.
 
Previsão da OCDE para o Brasil
Para o Brasil, a organização reduziu a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,2% para 5% em 2021, e de 2,3% para 1,4% para o próximo ano. Deixando o indicador nacional abaixo da média mundial e com forte desaceleração em 2022.

Foram destacadas as incertezas políticas, que prolongam o aumento do risco fiscal, minar a credibilidade das regras fiscais e reduzir o crescimento de investimentos, além de desancorar as expectativas de inflação.

Mesmo que, em comparação com os outros países, a estimativa seja baixa, ela ainda é maior que o esperado pelo mercado nacional. O Banco Central, em seu último relatório Focus, projetou um avanço de 4,78% no PIB do país para este ano (leia aqui).

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