Economia

OCDE vê inflação do Brasil a 3% para 2025

Segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (5), a estimativa é que o aumento de preços no país seja de 3,28% ao final de 2024.

A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) prevê que a inflação do Brasil vai seguir a meta de 3% do Banco Central (BC) até o final de 2025. Segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (5), a estimativa é que o aumento de preços no país seja de 3,28% ao final de 2024.

Esse valor previsto pela OCDE já se enquadra no intervalo de tolerância do BC, que corresponde a 1,5% a 4,5% de inflação. Essa perspectiva supera o otimismo do mercado, que, segundo o último Boletim Focus, espera que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fique em 3,81% ao fim de 2024. 

De acordo com a Folha de S. Paulo, outros países emergentes como a Índia, Indonésia, México e África do Sul devem ter inflação em níveis convergentes com seus bancos centrais. Em comparação com países desenvolvidos, como EUA e alguns da Zona do Euro, a curva de aumento é parecida, com 2,17% e 2,57%, respectivamente. 

A OCDE afirma que “é cedo demais para confirmar se o episódio inflacionário que começou em 2021 acabou”, pois os aumentos de preços ainda estão acima da meta em boa parte do mundo. 

“As altas tensões geopolíticas representam um risco significativo de curto prazo para a atividade econômica e a inflação, especialmente se o conflito no Oriente Médio afetar os mercados de energia”, diz a Organização.

Outras previsões da OCDE

“O crescimento [da economia] também pode ser mais fraco do que o projetado se os efeitos persistentes dos aumentos passados nas taxas de juros forem mais fortes do que o esperado”, estima a entidade. 

A OCDE ainda inclui o Brasil como “um dos primeiros a adotar uma política monetária restritiva significativa em 2021 e onde a inflação agora caiu acentuadamente em direção à meta”. 

“A política monetária precisa permanecer prudente para garantir que as pressões inflacionárias subjacentes sejam duravelmente contidas. Existe margem para reduzir as taxas de juros à medida que a inflação diminui, mas a política deve permanecer restritiva na maioria das principais economias por algum tempo”, defende a OCDE, que cita Índia, Indonésia, México e África do Sul entre os países nos quais as taxas de juros ainda não foram flexibilizadas.

A OCDE espera que o PIB (Produto Interno Bruto) do País aumente 1,8% este ano, e cresça 2% no ano que vem. Previsões 0,1 ponto acima dos valores divulgados pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), com 1,7% de aumento do PIB em 2024 e 1,9% em 2025.