Pesquisa do BC

Oferta de crédito melhorou no 1TRI24, avaliaram instituições

O levantamento inclui, principalmente, grandes empresas e o consumo de pessoas físicas; perspectiva para o 2º semestre é positiva

Oferta de crédito
Foto: José Cruz/Agência Brasil

Instituições financeiras avaliaram que as condições de oferta de crédito no Brasil foram “mais favoráveis” no primeiro trimestre de 2024, segundo consta em pesquisa do BC (Banco Central). O levantamento inclui, principalmente, grandes empresas e o consumo de pessoas físicas.

Em relação às grandes empresas, o melhor desempenho da oferta de crédito foi puxado pela percepção de risco do cliente, a tolerância ao risco e competição do mercado de capitais.

Para o segundo semestre, as instituições financeiras têm perspectiva positiva, levando em conta a melhora do custo e disponibilidade de funding como um fator positivo.

Já quanto as condições do crédito de consumo das pessoas físicas, a avaliação foi de que houve uma pequena melhora, “em torno da neutralidade”. Para o segundo trimestre, a expectativa é de uma “pequena melhora dos fatores”, como a captação de novos clientes e nível de comprometimento de renda.

As micro, pequenas e médias empresas tiveram condições menos favoráveis de crédito, segundo as instituições, devido às preocupações com a inadimplência. Para o segundo semestre do ano, a expectativa é que estratégias de captação de novos clientes e ajustes da composição do portfólio devem influenciar a oferta positivamente.

No caso de crédito habitacional para pessoa física, as instituições continuaram observando fatores restritivos, principalmente sobre custo e disponibilidade de funding. Nos três meses seguintes, a expectativa é que a situação melhore em termos de funding, com restrições menores.

Moody’s eleva perspectiva da nota de crédito do Brasil

A agência de classificação de risco Moody’s elevou a perspectiva da nota de crédito do Brasil de “estável” para “positiva”, na última quarta-feira (1).

A instituição manteve o nível Ba2, que indica um risco maior para investimentos estrangeiros, diante do endividamento do país. A agência, porém, sinalizou que pode elevar a nota no futuro e pontuou a importância da credibilidade do arcabouço fiscal para a “redução das incertezas a respeito da trajetória fiscal”.

A última movimentação da Moody’s foi em 2018, quando elevou a perspectiva de “negativa” para “estável”.