Secas

ONS: apesar de previsões de chuvas, cenário ainda é incerto

“Com a estiagem severa dos últimos meses, as próximas chuvas precisam [...] permitir que o solo recupere sua umidade”, diz ONS

Foto: Unsplash/Energia elétrica
Foto: Unsplash/Energia elétrica

O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) apresentou recentemente às autoridades do setor elétrico estimativas que ainda apontam para incertezas em relação ao início e às condições do período úmido, mesmo com alguns modelos sugerindo aumento das chuvas a partir da segunda quinzena de outubro.

Os dois cenários dos estudos desenvolvidos pelo ONS foram expostos na reunião mensal do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico). Os documentos indicam vazões abaixo da média histórica entre outubro e março de 2025.

“Com a estiagem severa dos últimos meses, as próximas chuvas precisam, num primeiro momento, permitir que o solo recupere sua umidade para que, posteriormente, seja observada a elevação dos níveis das vazões”, informou o ONS, de acordo com oValor.

Após a reunião, o Ministério de Minas e Energia declarou que “os modelos meteorológicos indicam uma intensificação gradual das chuvas no Sudeste nas próximas semanas, especialmente a partir do início de novembro”

ONS eleva previsão de carga de energia para setembro

ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) aumentou, novamente, a sua projeção para o crescimento da carga de energia no Brasil em setembro. O órgão também estimou um nível menor para os principais reservatórios de hidrelétricas no final deste mês. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (20).

De acordo com o boletim da ONS, a carga de energia no SIN (Sistema Interligado Nacional) deve crescer 3,9% este mês, ante o mesmo período em 2023, para 80.215 megawatts médios. A projeção anterior era para crescimento de 3,2%.

Já para os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste, principais subsistema para armazenamento, a projeção é para uma capacidade de 46,6% ao final de setembro. O percentual fica um pouco abaixo dos 46,9% estimados há uma semana, de acordo com o “InfoMoney”.

Mesmo que ainda estejam em níveos superiores aos registrados na última crise hídrica em 2021 (16%), os lagos das hidrelétricas são um ponto de preocupação para próximos meses, pela condição de seca em 2024.