O open banking entrou na segunda fase de implementação no Brasil, onde será concluído apenas em 2022. A última fase vai incluir um “filé” do compartilhamento de informações entre produtos de investimento. Nesse novo ambiente de competição, executivos de grandes bancos ressaltam entre seus diferenciais, além da capacidade de crédito, a segurança. As informações são do Estadão.
Para o diretor do Itaú Unibanco, Marcos Cavagnoli, responsável pelo open finance na instituição financeira, até 2022 a transformação digital do banco seguirá evoluindo, com cada vez mais informações na nuvem. “Isso quer dizer mais velocidade e uma infraestrutura elástica, características geralmente atribuídas a uma fintech”.
Segundo o diretor, além da prateleira de produtos e serviços, o crédito é um dos trunfos do Itaú. “Diria que temos uma combinação de fatores a nosso favor: expertise em segurança, privacidade, análise de dados e inteligência artificial, por exemplo. Com o aumento do tráfego de informação, a segurança vira algo ainda mais relevante, e o cliente começa a perceber o valor desse atributo”.
Já a líder do projeto open banking do Banco do Brasil, Karen Machado diz , para o cliente que tem conta em mais de um banco, o compartilhamento dos dados ajudará os bancos a entender melhor a vida financeira dos clientes e a oferecer produtos mais ajustados a cada perfil. “Poderemos ser mais assertivos no crédito. O open banking só não seria uma oportunidade para os grandes bancos se eles não estivessem olhando para isso”, diz.
Segundo Machado, os banco vão poder traçar o perfil de um cliente que não tem comprovação de renda, mas que tem receitas em outras instituições. Com isso poderá passar a oferecer – ou a melhorar – seu perfil de crédito. Ela ratificou que, além do crédito e da cesta de produtos completa, a segurança é uma fortaleza para os grandes bancos.
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), “os clientes vão ter maior conveniência e facilidades e poderão optar por melhores ofertas e oportunidades de crédito e serviços existentes no mercado, como já ocorreu com outras ferramentas, como mobile banking e internet banking. “A competição é fundamental para o setor bancário. Nós a estimulamos em todos os níveis”.