A Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados concordaram manter os planos de aumentar a produção de petróleo em 400 mil barris por dia (bpd) a partir de dezembro, apesar dos pedidos dos Estados Unidos por fornecimento extra para esfriar a alta dos preços.
A reunião aconteceu nesta quinta-feira (4), onde se foi dito que a Arábia Saudita, grande produtor da Opep, já rejeitou os pedidos de aumentos mais rápidos no fornecimento de petróleo do grupo conhecido coletivamente como Opep+, citando adversidades econômicas. Fontes da Opep+ disseram que os EUA possuem capacidade suficiente para aumentar a produção se quiserem ajudar o mundo a acelerar a recuperação econômica.
Os preços do petróleo dispararam em 2021 para uma máxima de três anos, acima de 86 dólares o barril, à medida que a demanda se recupera das restrições da contra a Covid-19 e a Opep+ aumenta gradualmente a oferta. Os produtores, por outro lado, estão preocupados em ir rápido demais com a ampliação de oferta, com medo de novos reveses na batalha contra a pandemia.
O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, falou que desde agosto a Opep já adicionou 2 milhões de bpd ao fornecimento global e continuará com seu plano de adicionar mais 400 mil bpd a cada mês até o final de 2021 e nos primeiros meses de 2022. Enquanto isso, o presidente dos EUA, Joe Biden, pediu no sábado que os principais países produtores de energia do G20 com capacidade ociosa aumentem a produção para garantir uma recuperação econômica global mais forte.