Os maiores parceiros do comércio brasileiro em 2021

A China representa uma parcela importante das exportações de alimentos e na formação de commodities

3Todos os caminhos levam a China? Bom, pelo menos o caminho do comércio brasileiro sim. Apesar de ter sido o ‘’paciente zero’’ da pandemia do covid-19, a China continuou sendo a maior parceira comercial do Brasil 2021.  

Nem mesmo os obstáculos causados pelas medidas de restrições do coronavírus foram capazes de impedir que a China representasse 35% do volume de exportações, o que equivale a US$ 72 bilhões em exportações.  Mas essa não é a primeira vez que o país asiático é responsável pela maior das exportações, há alguns anos ele tem sido o maior importador de nossos produtos e às vezes representa até metade do volume que exportamos no período.  

  

A China e a desaceleração econômica  

Existem alguns pilares da aliança Brasil-China que, se alterados, podem prejudicar muito o rendimento brasileiro nos próximos anos.  Além de ser um grande fornecedor de insumos e equipamentos para a indústria, a China está entre os cinco maiores países investidores na economia brasileira e é por esse motivo que a economia chinesa tem influência direta no desempenho da economia brasileira.    

Se a economia chinesa passar pelo processo de desaceleração isso, consequentemente, pode afetar a geração de empregos para os brasileiros e criaria uma disputa do Brasil com produtores de outros lugares para encontrar um jeito de vender sua produção. A demanda diminuiria, mas a oferta continuaria a mesma, gerando uma queda do preço de alimentos e minérios ao redor do mundo.  

Exemplo disso são os preços do minério de ferro que, após atingir seu pico em maio deste ano, já se desvalorizaram 50%. 

 

Outros parceiros 

O segundo lugar de quem mais compra nossos produtos vai para os Estados unidos, que representa 11% das exportações brasileiras, seguido por Argentina com 4%, Holanda com 3% e Chile que representa 2%. Outros países não listados pelo Ministério da Economia são responsáveis por um montante de 56%. 

Parte dessa porcentagem pertence aos Emirados Árabes, que tinham o Brasil como maior exportador de alimentos nos últimos quinze anos. Acontece que um problema na logística de exportação brasileira fez com que, recentemente, a Índia ultrapasse o Brasil e ocupasse o primeiro lugar na venda de frutas, verduras, legumes, mas também em açúcar, carnes e grãos. 

Em 2020, Brasil respondeu por 8,15% do total de produtos do agronegócio importados pelos 22 países membros do grupo. Enquanto isso a Índia teve 8,25% de participação, o que não acontecia desde 2006.