Ouro ou Petróleo: com qual se proteger da inflação?

A alta do petróleo puxa os custos de todos os itens essenciais.

Com a aproximação do fim do primeiro mês de negociações do ano, é interessante observar como a reação do petróleo à inflação tem sido comparada com a do petróleo.

Com a economia estadunidense entrando no que parece ser um dos períodos mais desafiadores desde a Grande inflação de 1965 a 1982, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) planeja, até o momento, de três a quatro elevações dos juros este ano, com 25 pontos base por rodada.

É compreensível que o especuladores queiram vender a queda do ouro, que em tese sofreria com a alta das taxas, a medida que o Fed apresenta um comportamento mais agressivo, mas nado próximo aos anos 80, sob autoridade de Paul Volcker, quando as taxas estavam com elevação anestesiante de 20%.

Diante disso, se a intenção for combater a inflação, o ouro deveria assumir a linha de frente dessas, ao menos na perspectiva das commodities. Contudo, os ursos do mercado seguem forçando o metal para baixo, chegando a patamares inferiores a casa dos US$ 1.700 (ou até mesmo US$ 1.600), destacando os rendimentos do Tesouro estadunidense e o dólar, que deve seguir com forte alta.

Certamente o histórico do ouro com a inflação é diferente do petróleo.

O ouro registra contração de 2% no ano, à medida que o petróleo tem alta de 15%. Vale destacar que a crescente do petróleo não é motivada pela inflação, mas sim pelo cenário político que envolve Rússia e Ucrânia e à classificação da Organização de Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) de um mercado “equilibrado”. Contudo, de acordo com a Investing, o mercado está subalimentado, o que garante que ele nunca atinja o equilirio, pois para isso o seu preço deveria ser em torno de US$ 60 e não de US$ 90.

A proteção contra a inflação funciona como um apoio para os touros das bolsas, porque, em essência, todas as commodities, por geralmente apresentarem um desempenho inverso ao dólar, são uma proteção à inflação. Mas o petróleo deve ser o pior hedge para a inflação. Adquirir ouro, por si, não contribui para a inflação, mas o petróleo não vai para este mesmo sentido.

O Petróleo é indispensável para a economia mundial, sendo a commodity subjacente a maior parte da atividade comercial. A elevação do preço do petróleo puxa os custos de alimentos, roupa, gasolina e praticamente todos os itens essenciais.

 

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