Embora conhecido como proteção contra a inflação, o ouro não tem funcionado este ano, o metal precioso vem se encaminhando para sua maior queda anual desde 2015. Porém, com os riscos cada vez maiores de que a recuperação econômica global possa estagnar por conta das pressões sobre os preços podem sinalizar uma retomada para a valorização do ouro.
A inflação já havia se acelerado devido a estímulos durante a pandemia e à medida que a distribuição de vacinas estimulava a reabertura gradual de alguns países. O aumento dos preços de energia no último mês devido à crise de oferta, agora gera preocupação de pressões de custo sustentadas.
Historicamente, o ouro é visto como um investimento atraente quando a inflação cresce consideravelmente, por exemplo, o metal triplicou de valor até o fim da década de 1970 com os preços ao consumidor dos Estados Unidos em quase 15%.
Contudo, o ouro também pode variar com o juros, e investidores apostam que os bancos centrais em breve começarão a reduzir o estímulo e a aumentar as taxas. Isso reduziu o apelo do metal precioso.
Desta vez, porém, investidores estão diante da possibilidade de uma estagflação, a combinação de desaceleração do crescimento e aumento dos preços que atingiu as principais economias ocidentais na década de 1970, voltar com a recente disparada dos custos de energia. A turbulência nas cadeias de suprimentos também elevou o preço de muitos produtos.