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Pacote fiscal incluirá também taxação de super-ricos, diz ministro

O pacote fiscal será anunciado oficialmente pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira (27), às 20h30. 

Ministro do Trabalho Luiz Marinho / Foto: MTE
Ministro do Trabalho Luiz Marinho / Foto: MTE

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que o pacote fiscal incluirá, além da isenção de IR (Imposto de Renda) para quem ganha até R$ 5 mil, também a taxação de super-ricos. 

O pacote fiscal será anunciado oficialmente pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira (27), às 20h30. 

Marinho concedeu uma entrevista coletiva em Brasília sobre os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados mais cedo. Segundo ele, o pacote fiscal será “completamente diferente” do que vinha sendo ventilado.

Quanto à inclusão da isenção do IR para salários de até 5 mil reais no pacote fiscal, Marinho respondeu: “(Estará) tudo. Supersalários, imposto para os super-ricos, vem tudo aí. Pacote completo”, segundo o “InfoMoney”.

O ministro do Trabalho declarou ainda que não será um pacote fiscal “puro e simples” e que as regras de concessão do seguro-desemprego não irão mudar.

Haddad fará pronunciamento sobre pacote fiscal às 20h30 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), fará um pronunciamento em cadeia de rádio e televisão para explicar o pacote de corte de gastos do governo federal às 20h30 desta quarta-feira (27).

A Secom (Secretaria de Comunicação Social) publicou um ofício de convocação de rede nacional onde afirma que o pronunciamento de Haddad terá 7 minutos e 18 segundos de duração. 

Porém, antes que isso aconteça, está prevista uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por volta das 17h30 para apresentar as medidas.

O intuito do Palácio do Planalto com o pronunciamento de Haddad para explicar o pacote fiscal é diminuir o desgaste político de medidas que devem ser anunciadas, como a limitação do aumento do salário mínimo.

Fontes do governo afirmam, segundo o “O Globo”, que o salário mínimo seguirá o mesmo intervalo de crescimento de gastos do arcabouço fiscal, com máximo de 2,5% e mínima de 0,6%.