Relator de um dos projetos de lei do pacote fiscal apresentado pelo governo federal, o deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL) afirmou nesta segunda-feira (16) que apresentará, nesta terça-feira (17), o parecer para que a proposta seja analisada pelos deputados em plenário até quarta-feira (18).
Bulhões indicou que levará aos senadores as alterações alinhadas com os deputados e o governo, buscando assegurar uma tramitação mais tranquila no Senado ainda nesta semana.
“Vou ouvir alguns deputados designados pelas bancadas dos partidos a partir de hoje, trabalhar amanhã o dia todo, apresentar o parecer e votar na quarta”, afirmou Bulhões, conforme reportagem do Valor.
“Após a discussão mais aprofundada com as bancadas ou representantes delas, vou apresentar ao Senado quais são as ideias que alinhei com a Câmara e com o governo para chegar lá com a bola redonda”, acrescentou o deputado.
O projeto relatado por Bulhões busca ajustar despesas relacionadas ao salário mínimo aos limites do chamado arcabouço fiscal. A proposta também inclui a alteração na forma de cálculo do Fundo Constitucional do Distrito Federal.
Lula não quer que pacote fiscal seja “desidratado”, diz Haddad
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou, em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que não quer que o pacote fiscal seja desidratado. O encontro ocorreu nesta segunda-feira (16) e foi seguido por uma entrevista do ministro à imprensa.
“Ele pediu um quadro detalhado para falar com os líderes e garantir que não haja desidratação nas medidas fiscais”, afirmou Haddad, aos jornalistas.
“O apelo que ele (Lula) está fazendo é para que as medidas não sejam desidratadas. Nós temos um conjunto de medidas que garantem a robustez do arcabouço fiscal. Estou muito convencido de que vamos continuar cumprindo as metas fiscais nos próximos anos”, disse o ministro.
Haddad também afirmou que o presidente está “muito bem disposto” e segue acompanhando não só o pacote fiscal, como também a reforma tributária. “Confesso que fiquei surpreendido com a disposição do presidente. Está muito tranquilo, está bem”, disse o ministro.