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Padilha: isenção do IR de até R$ 5 mil ficará para o ano que vem

O ministro das relações institucionais, Alexandre Padilha, também reforçou ser necessário perseguir a estabilização do arcabouço fiscal

Alexandre Padilha/Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Alexandre Padilha/Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, afirmou nesta quinta-feira (5) que as discussões sobre a isenção do IR (Imposto de Renda) para quem ganha até R$ 5 mil devem ficar somente para 2025.

“O governo tinha uma obrigação pela própria reforma tributária que estabelecia uma obrigação para o governo encaminhar, ainda neste ano, a proposta de reforma do Imposto de Renda”, disse.

“Tudo isso era um compromisso do presidente Lula, de até o fim do seu mandato garantir que quem ganha até R$ 5 mil não paguem imposto. Esse debate vai acontecer ao longo do ano que vem, debate público, audiências públicas e um compromisso muito nítido”, prosseguiu Padilha.

O ministro também comentou sobre ser necessário perseguir a estabilização do arcabouço fiscal e comemorou a urgência de discussão dos projetos aprovada pela Câmara dos Deputados.

“Quero agradecer ao presidente Arthur Lira e aos líderes da Câmara que se esforçaram bastante. Isso mostra que tem ambiente, sim, no Congresso Nacional para terminarmos o ano com o arcabouço fiscal ainda mais forte e robusto”, disse Padilha.

Padilha: pacote fiscal é necessário, mas não será ‘serra elétrica’

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que mesmo que o pacote fiscal será necessário, como um esforço para “podar a árvore” e garantir um crescimento sustentado da economia, ele não será uma “serra elétrica”.

“Tenho certeza absoluta que a proposta vai ser como uma árvore que está crescendo, que precisa que alguém venha e faça podas para ter raízes melhores, frutos melhores e mais sustentável”, afirmou Padilha nesta sexta-feira (15) ao participar de um debate no G20 Social.

“Será uma proposta de usar um podador elétrico, um aparador, mas não uma serra elétrica, uma corrente para derrubar essa árvore inteira como muitas vezes já se fez”, completou, segundo o “Valor”.

Na avaliação do ministro, é importante conservar as conquistas em termos de crescimento econômico nos últimos 2 anos. Padilha citou a expansão do PIB (Produto Interno Bruto), redução do desemprego, aumento do investimento público e controle da inflação, a despeito da “oscilação recente”.

“O Brasil cresce a 3% ao ano por dois anos consecutivos, algo que não acontece há uma década. Está com a menor taxa de desemprego desde 2012, com a inflação sendo mantida nas metas de inflação. Teve essa oscilação aí recente, mas foi mantida. Aumentou o investimento público e privado no país, aumentou a massa salarial…”, disse o ministro.

Em paralelo a isso, ele acrescentou que o presidente Lula tem demonstrado responsabilidade fiscal e social, igualmente ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e tem apontado no sentido de que não ocorrerá uma “serra elétrica”.

O ministro, segundo sua própria explicação, não está envolvido diretamente na construção da proposta de ajuste fiscal, mas participará da comunicação do pacote junto aos líderes do Congresso, conforme desejo do presidente Lula.

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