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Padilha: pacote fiscal é necessário, mas não será ‘serra elétrica’

"Será uma proposta de usar um podador elétrico, um aparador, mas não uma serra elétrica", foi como o ministro classificou o pacote fiscal

Alexandre Padilha/ Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Alexandre Padilha/ Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que mesmo que o pacote fiscal será necessário, como um esforço para “podar a árvore” e garantir um crescimento sustentado da economia, ele não será uma “serra elétrica”.

“Tenho certeza absoluta que a proposta vai ser como uma árvore que está crescendo, que precisa que alguém venha e faça podas para ter raízes melhores, frutos melhores e mais sustentável”, afirmou Padilha nesta sexta-feira (15) ao participar de um debate no G20 Social.

“Será uma proposta de usar um podador elétrico, um aparador, mas não uma serra elétrica, uma corrente para derrubar essa árvore inteira como muitas vezes já se fez”, completou, segundo o “Valor”.

Na avaliação do ministro, é importante conservar as conquistas em termos de crescimento econômico nos últimos 2 anos. Padilha citou a expansão do PIB (Produto Interno Bruto), redução do desemprego, aumento do investimento público e controle da inflação, a despeito da “oscilação recente”.

“O Brasil cresce a 3% ao ano por dois anos consecutivos, algo que não acontece há uma década. Está com a menor taxa de desemprego desde 2012, com a inflação sendo mantida nas metas de inflação. Teve essa oscilação aí recente, mas foi mantida. Aumentou o investimento público e privado no país, aumentou a massa salarial…”, disse o ministro.

Em paralelo a isso, ele acrescentou que o presidente Lula tem demonstrado responsabilidade fiscal e social, igualmente ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e tem apontado no sentido de que não ocorrerá uma “serra elétrica”.

O ministro, segundo sua própria explicação, não está envolvido diretamente na construção da proposta de ajuste fiscal, mas participará da comunicação do pacote junto aos líderes do Congresso, conforme desejo do presidente Lula.

Atentado em Brasília não vai adiar envio de pacote fiscal

O envio do pacote fiscal ao Congresso Nacional não será adiado após o atentado na Praça dos Três Poderes ocorrido na quarta-feira (13) à noite, disseram fontes da equipe econômica, segundo apuração da “CNN Brasil”.

Os autores da proposta avaliam que, mesmo com o momento delicado pelo fato ocorrido, a semana já estava comprometida por outros assuntos, disseram fontes, segundo o veículo.

O atentado em questão ocorreu quando um homem se matou em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal) após atirar explosivos na sede do Judiciário, por volta das 19h30 (horário de Brasília) de quarta-feira. Ele também explodiu um carro próximo ao Anexo IV, da Câmara dos Deputados.

Francisco Wanderley Luiz, também conhecido como Tiü França, foi candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em Santa Catarina, em 2020, porém, não conseguiu se eleger. 

Apesar do temor que levou à suspensão dos trabalhos na Câmara dos Deputados e no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (14) até 12h, a equipe econômica seguiu trabalhando na proposta do pacote fiscal.

Os integrantes já estavam considerando a semana mais curta, por conta do feriado da Proclamação da República, em 15 de novembro, e do encontro dos líderes mundiais do G20, que ocorre no Rio de Janeiro.

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