Os gastos destinados à área da saúde na cidade de São Paulo superaram em 25% o total estimado, atingindo R$ 6 bilhões apenas até o mês de maio. Os custos são pressionados pelos impactos causados pela pandemia de covid-19.
O alto valor enxuga o superávit municipal e pressiona o orçamento.
No ano passado, segundo a Exame, apenas os custos de serviços atingiram R$ 11 bilhões (em valores empenhados), superior aos R$ 8,8 bilhões orçados. A previsão para este ano é de R$ 12 bilhões – 22,5% a mais que o previsto inicialmente.
Até o final do mandato, em 2024, o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), terá 77 metas a cumprir. Com despesas adicionais para além da área de saúde, como programas sociais, educação e transporte.
Contudo, de acordo com o secretário municipal da Fazenda, Guilherme Bueno de Camargo, os superávits de exercícios anteriores estão dando conta dos gastos. “Para o restante do exercício contaremos também com o incremento na arrecadação causada pela recuperação econômica mais rápida e, em especial, pelas receitas decorrentes do Programa de Parcelamento Incentivado (PPI) que será aberto pela Prefeitura”, disse.
O PPI, que tem previsão de arrecadar R$ 400 milhões, se junta a outras receitas extraordinárias, como leilões de Cepacs e pagamento de outorgas derivadas de concessões , com a Zona Azul e o Autódromo de Interlagos.