Pandemia e desemprego: o cenário pós crise

10 milhões de pessoas seguirão sem algum tipo de ocupação remunerada

As proporções das consequências econômicas proporcionada pela pandemia do novo coronavírus tomaram enormes e prolongadas proporções. Seria comum de imaginar que o esperado para um cenário de pós crise apresentaria uma retomada acelerada da economia. 
No entanto, mesmo quando a crise passar e a economia voltar à normalidade, o Brasil não deve registrar uma taxa de desemprego inferior a cerca de 10%, segundo analistas.

De acordo com as projeções, aproximadamente 10 milhões de pessoas seguirão sem algum tipo de ocupação remunerada. Isso porque essa seria a chamada taxa de desemprego de equilíbrio do país, pelas contas dos economistas.

Os especialistas explicam que a taxa de desemprego nacional em situação comum, ou seja, fora de qualquer crise sanitária, hídrica ou política, se mantém em um nível elevado, quando comparado com países desenvolvidos.

A longo prazo, dificuldades agravadas pela atual crise devem manter uma parcela de cidadãos fora do mercado, pois além do mercado ainda apresentar indícios da grande queda,  ainda haverá o baixo nível de formação da mão de obra, alto índice de rotatividade e informalidade, e elevado custo de contratação dos trabalhadores, apontam os especialistas.

No trimestre encerrado em maio, a força de trabalho, que reúne pessoas empregadas e aquelas à procura de ocupação, ainda era 4,43 milhões menor que no mesmo período em 2019.

Economistas explicam que uma taxa de desemprego em equilíbrio de um país é aquela em que o nível de emprego não contribui para acelerar a inflação.