Pantheon altera projeções da Selic e do PIB em 2022

Consultoria fala sobre as alterações de estimativa e o ‘terrível quadro de inflação’

A avaliação feita pelo economista-chefe da Patheon, Andres Abadia, os fatores que contribuem nesse quadro é uma inflação alta, política monetária mais restritiva, aumento do ruído político e incerteza generalizada, fazendo com que a possibilidade de uma “recessão severa” no início do próximo ano aumentasse. 

Em relatório enviado a clientes, Abadia informa que a reabertura gradual da economia, os preços elevados das commodities e a inércia inflacionária seriam fatores decisivos nesse cenário. 

Contudo, a Pantheon acredita, que a inflação deve começar a desacelerar nos próximos meses devido a efeitos de base menos severos e encerrar o ano em 9,5%, chegar a 9% em março e terminar 2022 em 4,5%, com o enfraquecimento dos choques de oferta e de condições climáticas menos adversas. 

O economista aponta que a perspectiva econômica “piorou substancialmente” diante da tentativa do governo de alterar a regra do teto de gastos e elevar os gastos públicos no próximo ano, o que balançou os mercados financeiros e levou o Banco Central a acelerar o ritmo de elevação da Selic na semana passada. 
 

A consultoria inglesa avaliou também o juro básico e espera, agora, que este  termine 2021 9,25% e que chegue a 11,5% no fim do ciclo, em março de 2022, em seu cenário básico.