O núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE) nos EUA, um dos indicadores mais importantes para as decisões de política monetária do Fed (Federal Reserve, o BC norte-americano), subiu 0,1% em novembro ante outubro e mostrou uma alta de 3,2% na comparação anual. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (22) pelo Departamento de Comércio norte-americano.
O núcleo do PCE exclui variações de preços de alimentos e energia, considerados mais voláteis. Considerando esses preços, a inflação cheia de consumo americana seria de -0,1% na base mensal e de +2,6% na anual em novembro.
Os preços dos bens caíram 0,7% no mês, enquanto os serviços subiram 0,2%. Já os preços dos alimentos diminuíram 0,1% e os da energia caíram 2,7% em novembro.
A renda pessoal nos EUA cresceu 0,4% no mês, equivalente a US$ 81,6 bilhões, enquanto a renda pessoal disponível, que desconta os impostos correntes, cresceu na mesma proporção, ou US$ 71,9 bilhões. Já despesas de consumo pessoal (PCE) aumentaram US$ 46,7 bilhões (+0,2%).
Citi prevê primeiro corte de juros do Fed em julho
O Citi prevê que o Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) irá promover um primeiro corte de juros em julho de 2024, de 0,25 ponto percentual, abrindo as portas para uma redução de 1 ponto percentual cheio em 2024. A projeção foi feita por Andrew Hollenhorst, economista-chefe para os EUA do banco norte-americano.
“As autoridades do Fed irão dizer que os cortes são consequências da desaceleração da inflação, mas pensamos que também são motivados por preocupações crescentes de que ocorrerá uma recessão sem uma flexibilização das condições financeiras”, pontuou Hollenhorst.
Segundo o economista do Citi, nos próximos meses, as discussões sobre o risco ascendente da inflação irão terminar, embora continuem significativas.
O Fed (Federal Reserve, Banco Central dos EUA) anunciou em 13 de dezembro que manteve a taxa básica de juros nos EUA entre 5,25% a 5,50%. Na última reunião, ocorrida em novembro, a instituição monetária optou pelo mesmo movimento, dando uma pausa no aperto monetário. É a terceira reunião seguida que o banco faz o mesmo movimento monetário.