Desaceleração do mercado de trabalho

Pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA têm leve alta

De acordo com dados do Departamento do Trabalho, os pedidos iniciais subiram em 9.000, alcançando 224.000 na semana encerrada em 30 de novembro

Foto: Freepik
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O número de norte-americanos solicitando auxílio-desemprego teve um aumento moderado na última semana, sinalizando que o mercado de trabalho segue sua trajetória de desaceleração gradual.

De acordo com dados do Departamento do Trabalho, os pedidos iniciais subiram em 9.000, alcançando 224.000 na semana encerrada em 30 de novembro, com ajustes sazonais. Economistas consultados pela Reuters haviam estimado 215.000 pedidos para o período.

Apesar do aumento nos pedidos, os números ainda são consistentes com um crescimento moderado do emprego, sugerindo uma recuperação das vagas fora do setor agrícola em novembro.

Esse crescimento ocorre após distorções no mercado causadas pelos furacões Helene e Milton, além das greves em fábricas da Boeing e outras empresas aeroespaciais.

Sinais de recuperação e desafios no mercado de trabalho

A economia dos EUA provavelmente criou 200.000 vagas de emprego fora do setor agrícola em novembro, após um aumento de apenas 12.000 em outubro, o número mais baixo desde dezembro de 2020, conforme uma pesquisa da Reuters.

A principal força do mercado de trabalho tem vindo das baixas taxas de demissão, com os aumentos acentuados nas taxas de juros pelo Federal Reserve em 2022 e 2023 tendo reduzido o apetite das empresas por novas contratações.

O Federal Reserve deve realizar o terceiro corte de juros desde o início de seu ciclo de afrouxamento em setembro, com a taxa básica do banco central atualmente variando entre 4,50% e 4,75%. A autoridade monetária elevou as taxas em 525 pontos-base ao longo de 2022 e 2023 para controlar a inflação.

EUA: Livro Bege e Powell apontam para ciclo de corte de juros mais lento

Os dois eventos mais esperados pelo mercado dos EUA trouxeram os mesmos sinais para a política monetária: um ciclo de corte de juros mais lento.

O presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, declarou nesta quarta-feira, no The New York Times, em Nova York, que a resiliência da economia norte-americana permite que o Banco Central possa cortar os juros mais lentamente.

O Livro Bege, documento que compila a percepção sobre as condições econômicas em cada um dos distritos do BC (Banco Central) dos EUA, apontou que a atividade econômica aumentou ligeiramente na maioria dos distritos. Três regiões apresentaram um crescimento modesto ou moderado, que compensou a atividade estável ou ligeiramente em declínio em outras duas.

De acordo com Powell, a economia está melhor agora do que quando o Fed começou a cortar as taxas em setembro, o que dá à autoridade monetária “uma folga” para realizar os cortes.

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