Economia

Petrobras (PETR4): CEO reage após cobrança por redução de preços

Jean Paul Prates, subiu o tom e reagiu à cobrança do ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira,

O presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Jean Paul Prates, subiu o tom e reagiu à cobrança do ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, na redução no preço dos combustíveis no Brasil.

Em sua conta no X, antigo Twitter, Prates disse que, se o MME quiser “orientar a Petrobras a baixar os preços de combustíveis diretamente” , será necessário seguir tanto a Lei das Estatais e as regras do Estatuto Social da companhia.

“A União deverá orientar formalmente a Petrobras por meio de um ato normativo (lei ou regulamento); deverá firmar contrato, convênio ou outro ajuste estabelecendo as condições em que se dará, com ampla publicidade; os custos e receitas referentes a medida deverão ser discriminados e divulgados de forma transparente, inclusive no plano contábil; a proposta de orientação da União deverá ser submetida ao Comitê de Investimentos e ao Comitê de Minoritários, que avaliará se as condições a serem assumidas pela Petrobras requerem que a União compense a Petrobras pela diferença”, postou o presidente da estatal.

Em meados deste ano, a estatal mudou a então política de paridade de importação de preços dos combustíveis, que era atrelada ao movimento das cotações do petróleo e do dólar, criada por Pedro Parente, durante a gestão de Michel Temer. Com a alteração, a companhia passou a levar em conta novos critérios , como custo de competição e despesas locais, variáveis criticadas pelo mercado financeiro.

Para Prates, a ideia da nova política é evitar os repasses da volatilidade para os preços internos dos combustíveis. “Nesses seis meses da nova estratégia, realizamos 4 ajustes na gasolina e 3 no diesel. Nesse mesmo período, o barril de petróleo foi negociado em valores entre US$ 71 e US$ 95, e afetado por diversos eventos de impacto global como guerras na Ucrânia e no Oriente Médio”, disse Prates.

Cobrança de Silveira

Alexandre Silveira pressionou a Petrobras na sexta-feira (17), em entrevista à Globonews, ressaltando que o mercado já oferece as condições de implementar uma redução de preços, com dólar mantido em patamar “estável” e preço de referência do barril de petróleo, o Brent, em US$ 78.

“Eu já esperava uma manifestação para que a Petrobras tivesse apresentado uma redução mais significativa dos preços. Hoje, no óleo diesel, vejo uma possibilidade real de redução entre 32 a 42 centavos e, na gasolina, entre 10 e 12 centavos”, afirmou Silveira, à Globonews.

Segundo o ministro de Minas e Energia, o assunto vem sendo discutido com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. Para Silveira, o governo precisa fazer uma cobrança mais incisiva da petroleira estatal “respeitando a governança” e a “natureza jurídica” da empresa.

“Mas acho que já está na hora de nós puxarmos a orelha, de novo, da Petrobras para que ela volte à mesa e possa colocar com clareza, diante da política de preços que o presidente Lula lutou tanto para implantar, que foi um compromisso dele de campanha, que é o abrasileiramento dos preços no Brasil”, afirmou.

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