Petrobras
Foto: Petrobras/Reprodução

A greve nacional dos trabalhadores da Petrobras (PETR3, PETR4) avançou no segundo dia do movimento, nesta terça-feira (16). Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a paralisação já atinge 24 plataformas de petróleo e oito refinarias, além de outras unidades da estatal.

No Norte Fluminense, onde a greve na Petrobras ganhou mais força, o número de plataformas offshore paralisadas na Bacia de Campos subiu de 15 para 22. De acordo com a FUP, trabalhadores solicitaram desembarque, o que ampliou o impacto operacional das unidades.

Na última segunda-feira (15), a greve da Petrobras havia alcançado 16 plataformas no litoral do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, além de seis refinarias, informou a federação.

Em geral, durante movimentos grevistas, os trabalhadores transferem as operações para equipes de contingência da Petrobras. Com isso, a companhia busca reduzir ou evitar impactos mais severos nas refinarias e plataformas de produção.

Greve na Petrobras expõe impasse no ACT e pressiona estatal; entenda

greve Petrobras teve início nesta segunda-feira, após semanas de negociações sem acordo entre a companhia e os representantes dos trabalhadores.

paralisação foi aprovada em assembleias da categoria depois da rejeição da segunda contraproposta apresentada pela estatal para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e ocorre com duração inicial de 24 horas, mas por tempo indeterminado.

Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), o movimento reflete a insatisfação generalizada com a falta de avanços em temas considerados essenciais para empregados da ativa, aposentados e pensionistas do sistema Petrobras.

Greve na Petrobras tem Petros e ACT como pontos centrais

De acordo com a FUP, a proposta da empresa não contemplou três eixos fundamentais da negociação.

O principal deles é a busca por uma solução definitiva para os déficits da Petros, especialmente os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs), que seguem impactando a renda de aposentados e pensionistas.

Além disso, os petroleiros reivindicam melhorias no plano de cargos e salários, com proteção contra mecanismos de ajuste fiscal, e defendem um modelo de negócios voltado ao fortalecimento da Petrobras no longo prazo.