Petrobras (PETR4): Governo estuda aplicar mecanismos para congelar reajustes

Um desses mecanismos iria estabelecer faixas para o preço internacional do petróleo

O governo federal avalia criar um mecanismo para fazer com que a Petrobras (PETR4) evite reajustar os preços dos combustíveis após trocas de comando da empresa e a menos de cinco meses das eleições.

De acordo com apuração da “Folha de S.Paulo”, um desses mecanismos iria estabelecer faixas para o preço internacional do petróleo, considerando que, caso o preço do barril varie dentro do que foi delimitado, a empresa não poderia fazer reajustes.

A “Folha” afirma que, entre membros do governo, um intervalo hipotético de US$ 85 a US$ 125 está sendo pensado para o barril de petróleo. Caso o preço internacional varie dentro desta faixa, a companhia ficaria impedida de praticar reajustes. A autorização seria permitida apenas se a cotação ultrapassar o teto da banda.

Outra ideia feita por integrantes do governo, segundo a “Folha”, é um intervalo mínimo de cem dias para os reajustes, o que teria impedido o último reajuste. Esta mudança está em pauta desde a gestão de Roberto Castello Branco, que foi o primeiro presidente da Petrobras no governo Bolsonaro.

Petrobras: Governo indica que não quer novos reajustes

A administração Bolsonaro tem sinalizado que quer evitar reajustes da petroleira durante a corrida eleitoral. O presidente Jair Bolsonaro está em segundo em todas as pesquisas de opinião e perde em todos os cenários para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Bolsonaro chegou a afirmar na semana passada que as regras da estatal não estão acima da Constituição. “Todo mundo tem que colaborar, não é ganhar mais dinheiro na crise. É o que infelizmente alguns setores fazem, como a própria Petrobras”, afirmou Bolsonaro a apoiadores em Brasília.

O governo federal decidiu trocar o comando da Petrobras na última segunda-feira (23). José Mauro Ferreira Coelho ficou 40 dias no comando da empresa e foi o terceiro mandatário da estatal durante a gestão Bolsonaro. Roberto Castello Branco e o general Joaquim Silva e Luna também passaram pelo cargo.

Caio Mario Paes de Andrade foi convidado para o posto de presidente da Petrobras. Ele é o atual secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital e próximo do ministro da Economia, Paulo Guedes.

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