Petrobras (PETR4): Itaú BBA antecipa fortes resultados da companhia no 2T22

Resultados devem ser impulsionados por preços mais altos do petróleo e maiores volumes de vendas no período

Na próxima quinta-feira (28), a Petrobras (PETR4) dá início a temporada de divulgação de balanços trimestrais para empresas de óleo e gás. Segundo relatório do Itaú BBA, divulgado nesta terça-feira (26), o destaque deve ir para a empresa, impulsionada por forte geração de caixa e dividendos sólidos.

Outro resultado relevante, segundo Monique Greco e Eric de Mello, analistas do Itaú BBA, deve ser da PRIO (PRIO3), antiga PetroRio, que irá divulgar o balanço na próxima semana (03). O banco projeta para a companhia um crescimento do EBITDA de 18% no trimestre, já que a empresa pode se beneficiar, ao menos mais que seus pares (PetroReconcavo e 3R), dos altos preços do petróleo no trimestre.

Por outro lado, o destaque negativo ficou para a empresa carioca OceanPact (OPCT3), devido à menor utilização da frota. A companhia deve divulgar seu balanço no próximo dia 10.

Petrobras deve ter bom resultado em exploração e produção de gás

Mesmo com menor produção nacional de petróleo, que caiu 5% no trimestre em comparação ao período anterior, os resultados da Petrobras devem vir ainda mais fortes, tanto em atividades de refino como em exploração e produção de petróleo e gás natural. Segundo o Itaú BBA, a alta de 10% nos preços do petróleo no trimestre devem garantir resultados melhores.

Além disso, o relatório prevê resultados robustos para transporte, comercialização e refino de petróleo, impulsionados também pelo acúmulo de altas no preço do diesel e da gasolina. Ainda, analistas preveem maior taxa de utilização nas refinarias, 2% acima do 1T22.

Com isso, o EBITDA da companhia deve atingir os R$ 94 bilhões, 17% do trimestre anterior. Por outro lado, o lucro líquido deve ser afetado negativamente pelo impacto da valorização do real sobre a dívida. Assim, o resultado líquido da empresa deve ficar na casa dos R$ 40 bilhões, uma queda de 11,7% em comparação ao primeiro trimestre.

Ainda, o banco espera que a Petrobras anuncie dividendos de R$ 3,2 a R$ 4,2 por ação

PetroRio deverá se beneficiar de preços altos

Outro destaque das projeções do Itaú BBA, a PetroRio (PRIO3) também deve reportar uma queda na produção de 5% em comparação com o último trimestre. A queda foi impulsionada pelo lançamento do primeiro poço da campanha de revitalização do Campo de Frade, que causou a parada temporária de três outros poços.

Mesmo assim, a empresa deve anunciar vendas totais de 36,4 mil barris de óleo equivalente por dia (mboed), um crescimento 17% no 2T22. Ainda, a PRIO se beneficiará de preços mais altos do petróleo e de maiores vendas. O BBA projeta um EBITDA de US$ 266 milhões.

Além disso, o relatório prevê impacto negativo do efeito da variação monetária sobre a dívida e de impostos diferidos mais elevados. Nesse sentido, o lucro líquido da companhia deve atingir os US$ 75 milhões.

PetroReconcavo tem expansão no faturamento

A receita líquida da PetroReconcavo (RECV3) deve ser  de R$ 728 milhões no 2T22, o que representa um aumento de 4% em comparação ao trimestre anterior. O resultado foi impulsionado pelo aumento de 5% na produção e de 14% no preço médio do Brent.

Ainda assim, a expansão do faturamento deve ser limitada por conta da política de hedge adotada pela companhia no período, quando cerca de 25% da produção foi vendida por US$ 57 por barril. 

O EBITDA da empresa, segundo o relatório, deve ficar estável, em R$ 425 milhões, enquanto o lucro líquido deve atingir os R$ 253 milhões, contra R$ 402 milhões no primeiro trimestre.

3R Petroleum deve ter crescimento na produção

Na contramão de seus pares, a 3R Petroleum (RRRP3) deve reportar um crescimento de 34% na produção no 2T22. O aumento pode ser relacionado à aquisição de operações no Recôncavo em maio.

Dessa forma, o Itaú BBA projeta um aumento de 20% no EBITDA da empresa, alcançando os R$ 238 milhões no período. Por sua vez, o lucro da 3R deve ficar em R$ 25 milhões, contra prejuízo de R$ 335 milhões no trimestre anterior.

OceanPact é o destaque negativo

O único destaque negativo do relatório, a OceanPact tem seus resultados impactados por atrasos na partida operacional das embarcações, levando o EBITDA da companhia a cair 31% no segundo trimestre deste ano, a R$ 37 milhões. 

A projeção para a receita da OceanPact é de R$ 267 milhões, uma baixa de 8,8% em comparação ao 1T22. Já o prejuízo deve subir dos R$ 9 milhões no primeiro trimestre para R$ 66 milhões. 

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