A Petrobras (PETR4) afirmou, segundo apuração do “Broadcast”, que evita o repasse da volatilidade externa para os preços internos, conferindo assim períodos de estabilidade para os clientes. No exterior, o preço do petróleo já ultrapassa os US$ 80 o barril.
“Dessa forma, a companhia segue observando os fundamentos de mercado e, por questões concorrenciais, não pode antecipar suas decisões”, disse a estatal sobre o impacto da alta do petróleo nos preços da gasolina e do diesel refinados pela empresa.
Quando comparado ao mercado internacional, a defasagem dos preços nas refinarias da Petrobras chegou a 22% no diesel e 13% na gasolina na última sexta-feira (10). Com isso, o mercado alimentou expectativas de reajustes por parte da estatal.
No entanto, a afirmação da companhia é que se responsabiliza pela comercialização de combustíveis nos postos revendedores. Além disso, o preço que o consumidor percebe nas bombas é composto por outras parcelas que não o preço praticado nas suas refinarias da Petrobras.
“Portanto, o preço final de revenda pode ser influenciado pelos preços praticados por outros fornecedores, e ainda inclui o custo da mistura obrigatória de biodiesel no diesel, tributos, e custos e margens de distribuição e revenda, sobre os quais a Petrobras não possui qualquer influência”, explicou a companhia, segundo o “Estadão”.
O único reajuste de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras ocorreu em julho, e foi equivalente a R$ 0,15 a cada litro vendido nas bombas, conforme informado pela empresa em 2024.
Já no caso do diesel, o último reajuste feito pela Petrobras foi em outubro de 2023 e outras duas reduções foram realizadas pela estatal em dezembro de 2023. E, em 2024, não fez nenhum reajuste nos seus preços de venda para as distribuidoras. Hoje, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor é, em média, R$ 3,03 a cada litro vendido na bomba, informou.
Petrobras pode retomar fábricas arrendadas para a Unigel
A Petrobras (PETR4) pode fazer um acordo para voltar à gestão das fábricas de fertilizantes nitrogenados na Bahia e em Sergipe que hoje estão arrendadas para a Unigel, como afirmaram à “Reuters” duas fontes a par das negociações.
Segundo as fontes, após retomar a gestão, a petroleira deve contratar a Unigel para trabalhar na manutenção das unidades por cinco anos.
O acordo foi proposto em um relatório final do GT (grupo de trabalho) da Petrobras que tem como objetivo encontrar uma solução para a volta das operações nas unidades da Bahia e de Sergipe, que estão paralisadas desde 2023.