Petrobras: ‘reclusão de preço causaria desabastecimento’

O presidente da Petrobrás alerta que se houver o movimento de retenção de preços, há a possibilidade de provocar desabastecimento de combustíveis no país.

O presidente da Petrobrás, Joaquim Silva e Luna, alerta que se houver o movimento de retenção de preços, há a possibilidade de provocar desabastecimento de combustíveis no país.

Em entrevista, o chefe da estatal sinaliza: “Da ordem de 30% do diesel e um pouco mais da gasolina dependem de importação. Se esse preço for praticado artificialmente, represado, vai haver desabastecimento no mercado. Isso é uma coisa grave e séria que a gente tem que estar atento”.

De acordo com o dirigente da petroquímica, o governo vem buscando alternativas, que incluem a revisão de impostos, e confirma estudos para criar um fundo de estabilização, para diminuir o impacto no bolso do consumidor. Ele explica que uma das possibilidades seria formar tributos e dividendos pagos pela própria Petrobras. 

Silva e Luna expõe que mudaram a temporalidade de reajustes, que anteriormente era feito de maneira imediata: “Deixamos de repassar imediatamente e passamos a avaliar o que são mudanças conjunturais e o que são estruturais, tanto para cima quanto para baixo. Ficamos 86 dias sem fazer mudança no diesel, mas não é porque estávamos segurando. É porque estávamos aguardando. Uma hora subiu o Brent, mas caiu o câmbio. Essa flutuação a gente segurava. Quando estabeleceu o patamar e se manteve, a empresa fez a mudança. E assim fazemos com outros combustíveis”.