PIB do Brasil do 2T22 e dados dos EUA: confira a agenda da semana

A última semana de agosto promete emoções para o mercado com a divulgação do PIB do Brasil do segundo trimestre e a expectativa pelos próximos passos dos EUA.

A semana que se inicia neste domingo (28) promete ser agitada para a economia brasileira. Não apenas pela expectativa ao primeiro debate presidencial das eleições de 2022, mas também pela divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do segundo trimestre, que será divulgado na quinta-feira (1º). Lá fora, nos EUA, os dados do mercado de trabalho devem chamar a atenção do mercado. 

A expectativa para o PIB do segundo trimestre é de certa forma otimista. O “Monitor do PIB”, da Fundação Getúlio Vargas, sugere um crescimento de 1,1% entre abril e junho deste ano. O consenso “Refinitiv”, por sua vez, prevê um crescimento mais moderado, de 0,9%.

O relatório do UBS BB projeta uma alta de 1,3% e afirma que o crescimento da economia no período foi puxado pelo setor de serviços. Para o terceiro trimestre, acredita em uma queda do PIB, por conta do aperto monetário no País. 

Para os analistas do Bradesco, “o PIB deve registrar um crescimento robusto, próximo do verificado nos primeiros três meses do ano. O resultado deve ser puxado pelo setor de serviços, do lado da oferta, e pelo consumo das famílias, na ótica da demanda”.

Logo após a divulgação do PIB, sairá a produção industrial de julho na sexta-feira (2). Para o “Refinitiv”, o consenso é de uma variação mensal positiva de 0,5% e uma queda de 0,3% na comparação anual. 

Já os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que deveriam ter sido divulgados na semana passada, foram adiados para esta segunda-feira (29). O Itaú projeta uma estabilidade no nível de emprego. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) contínua será divulgada na quarta-feira (31). O UBS BB projeta que a taxa de desemprego de julho recue 30 pontos-base em relação a junho, aos 8,8%. 

Nos EUA, tensão para os próximos passos do Banco Central

O mercado externo continua na expectativa de entender os próximos passos do Banco Central dos Estados Unidos. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, discursou na última sexta-feira no simpósio de Jackson Hole e fez com que o humor do mercado, que já não era dos melhores, piorasse de vez. Powell reafirmou o seu compromisso com o controle da inflação e mudou o tom de sua última fala na reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

Com a nova postura de Powell, a expectativa do mercado é de uma nova alta de 75 pontos-base nos juros norte-americanos. O discurso da vice-presidente do Federal Reserve, Lael Brainard, que ocorrerá na segunda-feira (29), deve influenciar em como o mercado norte-americano performará. 

Depois de segunda, começa a maratona da divulgação de indicadores norte-americanos. Na terça-feira (30), tem o relatório JOLTS, de oferta de empregos. Já na quarta, retorna a pesquisa ADP, sobre criação de vagas no setor privado. 

Na sexta-feira (2), o Departamento de Trabalho dos EUA divulgará o payroll. A média das projeções do mercado aponta para uma criação de 285 mil vagas de emprego em agosto, quase o metade do registrado em um mês antes. A taxa de desemprego deve continuar em 3,5%. Já a média de salários deve aumentar em 0,4% na comparação com o mês anterior. 

Dados da inflação ligam sinal de alerta na Europa

Nos próximos dias, os principais indicadores de inflação da zona do euro serão divulgados, enquanto o Banco Central Europeu (BCE) continua apertando a sua política monetária para segurar a alta dos preços. Na quarta-feira (31), o índice ao consumidor será divulgado, e a inflação anual deve passar a 9%. 

Na sexta-feira (2), está prevista a divulgação do índice de preços ao produtor do bloco europeu. O consenso “Refinitiv” aponta para uma expansão de 3% em julho na comparação com o mês anterior. Desta maneira, o índice passaria a acumular uma alta de 37% em 12 meses. 

IRB e Inter são destaques nas ações

A precificação da oferta subsequente do IRB (IRBR3) ocorrerá na quarta-feira (1º). A oferta deve consistir na distribuição pública primária de, inicialmente, 597.014.925 novas ações, com esforços restritos de colocação no Brasil e com esforços de colocação no exterior. A operação deve ser limitada a R$ 1,2 bilhão. 

Na segunda, os BDRs da Inter & Co, que é a dona do Banco Inter, passarão para o nível 2 da B3 e alterarão seu ticker: de INBR31 para INBR32. As empresas que negociam BDRs nível 2 precisam ser registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Com essa melhoria, além da bolsa, os papéis podem ser negociados em outros locais, como mercados de balcão organizados.