Dólar é impasse

PIB: Brasil deve passar Itália na lista de maiores economias; confira

O PIB brasileiro cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2024, totalizando R$ 2,9 trilhões, de acordo com o IBGE

Brasil PIB
Foto: Pixabay

O resultado surpreendente do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil no segundo trimestre de 2024 mexeu com as expectativas para a economia do país. Estimativa do FMI aponta que o Brasil deve ultrapassar a Itália e se tornar a oitava economia do mundo este ano.

O PIB brasileiro cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2024, totalizando R$ 2,9 trilhões, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na comparaçao anual, o avanço foi de 3,3%.

O resultado veio muito acima do esperado pelo consenso LSEG de analistas, que previam alta de 0,9% em comparação com o primeiro trimestre de 2024 e de 2,7% comparado ao mesmo período de 2023.

O grande obstáculo para o Brasil passar a economia no ranking das dez maiores economias do mundo é o dólar. No momento em que o Fundo divulgou as projeções globais, em abril, ele apontava que o dólar valeria, em média, neste ano R$ 4,99.

Com as turbulências domésticas, em especial a questão fiscal, a moeda americana terminou o primeiro semestre cotada em cerca de R$ 5,08.

Com essa cotação, o PIB brasileiro em valores correntes fechou o semestre somando US$1,102 trilhão. Em um cenário de dólar a R$ 4,99, o PIB do país terminaria junho praticamente empatado com o italiano, que ficou em US$ 1,128 trilhão.

Por hora, o resultado animador do segundo trimestre não foi suficiente para elevar a posição do Brasil.

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Confira o ranking das 10 maiores economias do mundo no 1S24

País PIB (US$ tri)
EUA14,3
China8,55
Alemanha2,31
Japão1,96
Índia1,87
Reino Unido1,74
França1,56
Itália1,13
Brasil1,1
Canadá1,06
Fonte: FMI, OCDE e agências de estatísticas dos países

IBGE aponta PIB e serviços no maior patamar da série histórica

A pesquisa de Contas Nacionais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) indicou que o PIB (Produto Interno Bruto) e os serviços se encontram no maior patamar da série histórica, enquanto indústria e agropecuária estão abaixo do pico da série.

“PIB e serviços estão no maior patamar da série histórica da pesquisa. Pela ótica da oferta, continua o crescimento dos serviços. E cerca de dois terços do PIB são correlacionados com serviços. PIB e serviços têm curvas parecidas”, afirmou Rebeca Palis, a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

Na linha negativa, a indústria está 5,4% abaixo do maior patamar da série histórica, registrada no terceiro trimestre de 2013.

Mesmo assim, o setor cresceu 1,8% no segundo trimestre de 2024, ante o primeiro trimestre.

Já a agropecuária ficou cerca de 5,8% abaixo do primeiro trimestre de 2023, que foi quando registrou seu maior patamar do setor na série histórica da pesquisa.

“Agropecuária ainda está em patamar alto, mas em relação ao ano passado, está abaixo. O ano de 2023 foi de protagonismo da agropecuária, mas este ano não está sendo muito bom para a agropecuária”, disse Palis.