Economia

PIB brasileiro: Banco Mundial eleva projeção de crescimento para 2,8%

O Banco apresentou uma estimativa menor que as projeções mais recentes do mercado para o PIB, que rondam os 3%

Foto: CanvaPro
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Um novo cálculo do Banco Mundial revisou de 1,7% para 2,8% a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2024. A instituição divulgou o número mais recente em seu relatório semestral para América Latina e Caribe.

O Banco apresentou uma estimativa menor que as projeções mais recentes do mercado, que rondam os 3%, segundo a mediana do Boletim Focus, além dos números do BC (Banco Central) e do Ministério da Fazenda (ambas em 3,2%).

Enquanto isso, a estimativa do banco para a expansão da economia brasileira no ano que vem se manteve em 2,2%, ao passo que a projeção para 2026 passou de 2% para 2,3%, segundo o “Valor”.

O economista-chefe do Banco Mundial para América Latina e Caribe, William Maloney, deu destaque negativo para o aumento da dívida pública brasileira, apesar da revisão para cima na projeção para o crescimento do PIB deste ano.

“Preferimos nos mover na outra direção, isso seria bom”, afirmou em entrevista coletiva virtual para detalhar o relatório.

Para o economista, o fato do Brasil estar mais próximo do grau de investimento é positivo – ele se referia ao aumento da nota de crédito do País pela Moody’s.

No entanto, Maloney também disse que o aumento dos gastos previdenciários no Brasil será observado em outros países da América Latina e do Caribe, o que é um “fator de estresse fiscal” e que exigirá atenção. 

Em outra linha, o economista do Banco Mundial afirmou que a queda dos índices de pobreza de Brasil e México nos últimos anos impulsionaram o recuo da pobreza na região como um todo.

O Banco Mundial também afirmou em relatório que, “entre os países grandes, é provável que Brasil e Peru atinjam suas metas de inflação em 2024, enquanto as demais economias principais os seguiriam logo depois”.

XP projeta alta do PIB em 3,1% e eleva estimativa para inflação

O cenário nacional, com as viés expansionista fiscal e parafiscal do governo, pode sinalizar que as regras fiscais não serão suficientes para estabilizar a relação dívida pública/PIB (Produto Interno Bruto), designada à equipe macroeconômica da XP. Além disso, foi ressaltado que a atividade econômica mais aquecida continua se apresentando como um risco para a inflação futura.

Em seu relatório “Macro Mensal”, a equipe de economistas da XP manteve alguma rigidez, com a elevação da taxa Selic (taxa básica de juros) pelo Copom (Comitê Política de Monetária) de até 12%.

Já em relação ao PIB, os especialistas mantiveram uma projeção de alta de 3,1% em 2024, com riscos altistas no curto prazo. Para 2025, a expectativa é de crescimento econômico sem grande desaceleração, com o PIB projetado em 1,8%.

A XP também espera que o intervalo na inflação de curto prazo seja temporário, considerando os fundamentos solicitados, conforme apontado pelo “InfoMoney”.

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