A Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento) aumentou a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para 2024 de 2% para 2,3%. A revisão, realizada pelo economista-chefe Nicolas Tingas, foi publicada no relatório “Financeiro Acrefi”.
Recentemente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), apontou que o governo federal deve elevar a estimativa de crescimento do PIB de 2024, indo de 2,2% para 2,5%.
De modo geral, o mercado também tem revisado sua projeção do PIB para cima por entender que o governo tem acentuado medidas de estímulo para impulsionar o crescimento econômico, em resposta à recente queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O argumento é reforçado por Tingas no relatório da Acrefi. O economista acredita que esta reação do governo será somada ao aumento de gastos em períodos eleitorais que já é esperado.
Na avaliação de Tingas, a postura do BC (Banco Central) manifesta uma incerteza sobre o cenário futuro, indicando mais cautela no processo de redução da taxa básica de juros.
Ele entende que o comportamento da autarquia está relacionado à abordagem do governo federal, de alavancar a demanda agregada da economia, acrescida pelos altos gastos eleitorais de Estados e municípios unidos a uma fraca expansão do crédito privado.
“O agregado macroeconômico de maior emprego, renda e crédito em seu clássico efeito multiplicador da renda disponível no curto e médio prazo elevará o PIB de 2024 para um patamar acima das expectativas atuais”, destaca Tingas, de acordo com o “InfoMoney”.
BC eleva projeção de crescimento do PIB para 1,9%
A partir da divulgação do RTI (Relatório Trimestral de Inflação), nesta quinta-feira (28), o BC (Banco Central) aumentou a estimativa de crescimento do PIB em 2024 – de 1,7% para 1,9%. Em relação à inflação, o banco projetou uma inflação de 3,5%.
Para o setor agropecuário, a projeção foi alterada de avanço de 1% para desaceleração de 1%, devido, principalmente, à “irregularidade das chuvas e temperaturas elevadas em grande parte das regiões produtoras”
Já para a indústria, a estimativa avançou de 1,7% para 2,2%, enquanto, para Serviços, o crescimento foi revisado de 1,9% para 2%.