O FMI (Fundo Monetário Internacional) elevou a projeção do PIB brasileiro a médio prazo para 2,5%, ante uma estimativa de 2,0% em 2023.
Através de comunicado, o FMI justificou a melhora na projeção à implementação da reforma tributária e o aumento da produção de hidrocarbonetos.
“Nos últimos dois anos, a economia brasileira demonstrou notável resiliência, com a inflação recuando para o intervalo da meta. O corpo técnico do FMI prevê que o crescimento modere no curto prazo, antes de se fortalecer e alcançar 2,5% no médio prazo — uma correção para cima frente aos 2,0% projetados na ocasião das consultas de 2023 ao abrigo do Artigo IV”, afirmou a organização.
Segundo a equipe do Fundo, a cautela com a qual tem sido levada a política monetária tem ajudado a inflação a permanecer dentro do intervalo da meta. O FMI também elogiou o esforço das autoridades para melhorar a posição fiscal do Brasil.
Apesar do crescimento da projeção, a equipe reconhece que as enchentes que assolam o estado do Rio Grande do Sul (RS) colocam desafios fiscais para o páis.
Segundo as últimas projeções do FMI, a economia brasileira deve crescer 2,1% em 2024 e 2,4% em 2025. Já a inflação deve chegar a 3,7% no fim de 2024 e atingir a meta de 3% na primeira metade de 2026.
Focus: projeções para inflação sobem e as do PIB se mantém
Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (27) pelo Relatório Focus do Banco Central, as projeções dos analistas para a inflação em 2024 e 2025 aumentaram, enquanto as estimativas para a evolução do PIB permaneceram inalteradas nesta semana.
A estimativa do IPCA para este ano aumentou de 3,80% para 3,86%. A previsão para a inflação em 2025 subiu de 3,74% para 3,75%, enquanto a projeção para 2026 avançou de 3,50% para 3,58%, após permanecer no mesmo patamar nos últimos 46 boletins Focus. Para 2027, a projeção continua estável em 3,50% há 47 semanas.
Para o PIB (Produto Interno Bruto), a mediana das projeções para 2024 permaneceu em 2,05%, segundo o Focus.
A previsão para 2025 continua em 2,0% há 24 semanas consecutivas, enquanto a de 2026 se mantém em 2,0% há 42 semanas. A estimativa para 2027 também está em 2,0%, estável há 44 semanas.