A economia brasileira cresceu 1% no primeiro trimestre de 2022 em relação ao último trimestre do ano passado, de acordo com dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (2). O crescimento do indicador veio abaixo do esperado pelo mercado, que esperava uma alta de 1,2% em relação ao último trimestre e 1,8% na comparação anual.
O setor de serviços impulsionou o crescimento do PIB. O segmento representa 70% de todo o indicador. “Muitas dessas atividades são presenciais e tiveram demanda reprimida durante a pandemia”, afirmou o IBGE em comunicado.
Já o setor da agropecuária recuou 0,9% em relação ao quarto trimestre de 2021. O segmento foi impactado pela estiagem na região Sul, que também reduziu as estimativas na produção de soja deste ano. A indústria se manteve em estabilidade, com uma alta de 0,1%.
Os resultados registram o terceiro trimestre positivo do PIB, depois da retração e 0,2% no segundo trimestre de 2021. O indicador também ficou 1,6% acima do patamar do quarto trimestre de 2019. O número do PIB ficou 1,7% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do País, contabilizado no primeiro trimestre de 2014.
O PIB é o principal indicador econômico e é calculado pela soma de todos os bens e serviços produzidos no Brasil em um determinado período. Apesar do crescimento, especialistas acreditam que a atividade econômica deve desacelerar por conta da inflação global e a alta de juros nos EUA.
Consumo das famílias aumenta, mas investimento diminuí
O consumo das famílias e do governo avançou de 2,1% para 2,2% e de 2,8% para 3,3% respectivamente. Contudo, os investimentos seguiram a tendência de retração com uma queda de 3,5% em relação aos 3 meses anteriores e 7,2% na comparação interanual.
O IBGE também destacou durante a divulgação do PIB que o Brasil lida com o desafio de diminuir a deterioração das condições financeiras domésticas.