Era dourada?

PIB dos EUA recua 0,3% no 1º trimestre de 2025

A economia dos EUA se vê lotada de produtos importados por empresas ansiosas para evitar custos mais altos em meio ao conflito tarifário

Fonte: Pexels
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A economia norte-americana contraiu 3% no primeiro trimestre, segundo dados do Departamento de Comércio divulgados nesta quarta-feira (30). O resultado veio abaixo das expectativas dos analistas de mercado, onde apontavam para um crescimento de 0,4% anualizado.

A economia dos EUA se vê lotada de produtos importados por empresas ansiosas para evitar custos mais altos em meio ao conflito tarifário do presidente Donald Trump.

O resultado de produção interna contrasta com a taxa de crescimento registrada no quatro trimestre de 2024, onde registrou alta de 2,4%. A conclusão dos resultados esperados veio antes de dados divulgados na terça-feira (29), onde mostrou que o déficit do comércio de mercadorias subiu para uma máxima histórica em março em meio a exportações recordes.

Apesar da baixa, o relatório emitido pelo governo exagerou as perspectivas de contração da economia, pois gastos de consumidores permanecem em aceleração, mas com ritmo mais lento. Não houve mudanças nas previsões do corte na taxa de juros do país, com operadores do mercado futuro ainda prevendo até quatro cortes esse ano.

O Bureau de Análise Econômica, órgão diretamente responsável pela produção dos números do PIB (Produto Interno Bruto) acrescentou que a queda na produção  do primeiro trimestre também revela uma diminuição dos gastos governamentais. As mudanças não foram totalmente compensadas, mas amenizadas pelos gastos do consumidor, aumento nos investimentos e exportações.

Pessimismo marca contexto nos EUA

O dado foi divulgado na esteira dos primeiros 100 dias de Donald Trump à frente de seu segundo mandato. A diminuição da economia reflete o pessimismo das empresas americanas com as decisões do republicano. A guerra tarifária dificultou o planejamento em investimentos e diminuiu a confiança do consumidor nacional.

É esperado que as taxas empreendidas a outros países desaceleram o crescimento dos EUA ao longo do segundo semestre deste ano, com a escalada de preços pressionando o consumo. Vale recordar que uma das principais plataformas de eleição de Trump foi a recuperação da economia americana, especialmente o combate à inflação.