PIB dos EUA tem queda de 1,5% no 1º trimestre de 2022

Contração foi a primeira registrada desde o início da pandemia

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no primeiro trimestre de 2022 registrou queda de 1,5% na segunda revisão do ano.

De acordo com os dados divulgados pelo BEA (Departamento de Comércio) dos EUA, o PIB apresentado neste mês foi abaixo da primeira revisão realizada no mês de abril.

Na ocasião, o departamento estimou uma queda de 1,4%, que já era muito abaixo da expectativa. As projeções eram para uma alta de 1,1% no índice, frustrada pela primeira revisão da instituição.

Por outro lado, a segunda revisão do indicador também frustrou o consenso Refinitiv, que considerou a baixa de 1,3% para o resultado do mês de maio.

Os resultados da segunda revisão apresentaram o primeiro declínio do PIB norte-americano desde o início da pandemia do coronavírus, em meados de março de 2020.

Apesar do crescimento de 6,6% do índice nos últimos três meses de 2021, todas as projeções realizadas até aqui em 2022 demonstraram pessimismo e resultados negativos. A terceira estimativa do indicador será divulgada no dia 29 de junho.

De acordo com o escritório de comércio, as previsões em baixa são consequência dos últimos casos de Covis-19 no país, que atrapalharam, por meio de novas medidas restritivas, os negócios na região.

O órgão também ressaltou que a economia sentiu o impacto da defasagem do apoio público, visto que a assistência do governo federal para empresas e população acabou ou foi reduzida.
 

Expectativas para o PIB estão ligadas às decisões do FED

A projeção do mercado norte-americano ia de encontro com as decisões do FED (Federal Reserve, banco central norte-americano). Com as últimas declarações de Jerome Powell, presidente da instituição, o temor do mercado era que a revisão do PIB impulsionasse um novo aumento da taxa básica de juros no país.

Ademais, o resultado da primeira projeção em abril não foi tão negativa para os acionistas, ao considerar que a retração nos três primeiros meses deste ano foi ditada por um déficit comercial maior.

Além disso, como os EUA utilizam uma metodologia diferente do Brasil para o indicador, os dados norte-americanos não são equivalentes ao índice brasileiro. Entretanto, caso o PIB fosse apontado com os mesmos critérios do Banco Central do País, o indicador dos EUA teria registrado a queda de 0,38%.

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