De 1,8% para 2%

PIB: Santander eleva projeção apesar de tragédias no RS

Segundo o Santander, a revisão foi menor devido à consequência das tragédias no RS, que "pode ser maior do que a estimativa inicial".

Santander eleva projeção do PIB para 2024
Santander eleva projeção do PIB para 2024 / Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

O Santander elevou a projeção do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro de 1,8% para 2%, apesar de considerar impacto negativo de 0,3 ponto percentual devido às enchentes no RS (Rio Grande do Sul).

“Elevamos nossa projeção do PIB para 2024, mas vemos um aumento dos riscos em ambos os lados. Vemos agora um mercado de trabalho ainda mais forte, com perspectiva de que a taxa de desemprego permanecerá em níveis baixos por mais tempo, com riscos de uma desocupação ainda menor. Assim, aumentamos nossa projeção do PIB para 2024”, apontou o banco no relatório.

O Santander afirmou ainda que a revisão foi menor devido à consequência das tragédias no RS, que “pode ser maior do que a estimativa inicial”.

Para o ano de 2025, o banco manteve a projeção do PIB em 2%.

Fazenda eleva projeção de PIB de 2024 para 2,5%

Ministério da Fazenda elevou sua previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2024 de 2,2% para 2,5%. 

Isso indica um otimismo por parte do governo em relação ao mercado, que, de acordo com a mediana das expectativas dos analistas ouvidos pelo BC (Banco Central), prevê um crescimento econômico de 2,09% no mesmo período. 

Esses dados foram divulgados pela SPE (Secretaria de Política Econômica) no Boletim Macrofiscal desta quarta-feira (15).

É importante destacar que a projeção da Fazenda não incorpora os efeitos da calamidade no Rio Grande do Sul na atividade econômica. 

O documento ressalta que a extensão desses impactos depende de possíveis novos eventos climáticos, da possibilidade de transbordamento desses efeitos para estados vizinhos e do impacto de programas de auxílio fiscal e de crédito nas áreas afetadas pelas chuvas.

“O PIB do Rio Grande do Sul, com peso aproximado de 6,5% no PIB brasileiro, deverá registrar perdas principalmente no segundo trimestre, parcialmente compensadas ao longo dos trimestres posteriores”, informou o Boletim Macrofiscal.

“Atividades ligadas à agropecuária e indústria de transformação deverão ser as mais afetadas a nível nacional, por serem mais representativas no PIB do estado que no PIB brasileiro”, completou.

Quanto aos anos seguintes, as projeções de crescimento econômico permanecem inalteradas. Para 2025, a previsão foi mantida em 2,8%.

Para 2026, a estimativa é de 2,5%, em 2027 espera-se um crescimento de 2,6%, e em 2028 a previsão também é de 2,5%.