A pílula contra obesidade desenvolvida pela farmacêutica Eli Lilly (LILY34) apresentou resultados animadores em um novo estudo clínico.
O medicamento experimental, chamado orforglipron, demonstrou eficácia semelhante à de injeções como o Ozempic, da concorrente Novo Nordisk.
Diante disso, a notícia provocou uma valorização de quase 11% nas ações da empresa no pré-mercado de Nova York, sinalizando, assim, um forte otimismo entre investidores e analistas.
Eficácia semelhante ao Ozempic
A Eli Lilly testou sua nova pílula oral em pacientes com diabetes tipo 2 e observou uma redução média de 7,9% no peso corporal após 40 semanas de uso da dose mais alta.
Isso equivale a aproximadamente 7,3 kg perdidos por paciente.
A título de comparação, o Ozempic costuma registrar perdas de peso em torno de 6% nesse mesmo grupo.
Além da perda de peso, os pacientes tratados com orforglipron tiveram uma redução de até 1,6% nos níveis de glicose no sangue.
Embora abaixo das projeções iniciais, esse resultado ainda é considerado relevante.
Investidores reagem positivamente à pílula contra obesidade
Após o anúncio, os papéis da Eli Lilly subiram 10,9% no pré-mercado.
Ao mesmo tempo, as ações da Novo Nordisk recuaram 4,6%.
A reação evidencia o potencial de mercado do novo medicamento oral.
A substituição de injeções por comprimidos tem sido uma demanda crescente dos pacientes.
O CEO da Eli Lilly, David Ricks, afirmou que a empresa planeja apresentar novos dados ao longo do ano e solicitar aprovação regulatória para obesidade até o fim de 2025.
Pílula contra obesidade enfrenta desafios com efeitos colaterais
Apesar dos bons resultados, cerca de 8% dos participantes do estudo interromperam o tratamento devido a efeitos colaterais como náuseas, vômitos e diarreia.
No entanto, essa taxa de descontinuação ficou dentro das expectativas do setor, que estima até 9% de desistência em medicamentos orais para perda de peso.
Concorrência no mercado de pílulas para obesidade se acirra
O mercado global de medicamentos contra obesidade é avaliado em mais de US$ 150 bilhões por ano.
Enquanto a Eli Lilly avança, a Pfizer anunciou recentemente o fim do desenvolvimento de sua pílula danuglipron, após um paciente apresentar possível lesão hepática.
Com a retirada da Pfizer e o avanço da Eli Lilly, o cenário se mostra promissor para o orforglipron.
A busca por alternativas sem agulhas pode redesenhar o setor nos próximos anos.
A pílula contra obesidade da Eli Lilly representa um avanço importante na luta contra o excesso de peso e o diabetes tipo 2.
Com resultados expressivos e uma resposta positiva do mercado, a expectativa é alta para os próximos passos da empresa.
Se aprovada, a orforglipron pode se tornar uma opção inovadora e acessível para milhões de pacientes no mundo.