Pílula salvadora

Pílula contra obesidade: ações da Eli Lilly (LILY34) disparam

A nova pílula contra obesidade da Eli Lilly (LILY34) mostra eficácia promissora e provoca otimismo entre investidores.

Foto: REUTERS/Mike Segar/Arquivo

A pílula contra obesidade desenvolvida pela farmacêutica Eli Lilly (LILY34) apresentou resultados animadores em um novo estudo clínico. 

O medicamento experimental, chamado orforglipron, demonstrou eficácia semelhante à de injeções como o Ozempic, da concorrente Novo Nordisk.

Diante disso, a notícia provocou uma valorização de quase 11% nas ações da empresa no pré-mercado de Nova York, sinalizando, assim, um forte otimismo entre investidores e analistas.

Eficácia semelhante ao Ozempic

A Eli Lilly testou sua nova pílula oral em pacientes com diabetes tipo 2 e observou uma redução média de 7,9% no peso corporal após 40 semanas de uso da dose mais alta.

Isso equivale a aproximadamente 7,3 kg perdidos por paciente. 

A título de comparação, o Ozempic costuma registrar perdas de peso em torno de 6% nesse mesmo grupo.

Além da perda de peso, os pacientes tratados com orforglipron tiveram uma redução de até 1,6% nos níveis de glicose no sangue. 

Embora abaixo das projeções iniciais, esse resultado ainda é considerado relevante.

Investidores reagem positivamente à pílula contra obesidade

Após o anúncio, os papéis da Eli Lilly subiram 10,9% no pré-mercado. 

Ao mesmo tempo, as ações da Novo Nordisk recuaram 4,6%. 

A reação evidencia o potencial de mercado do novo medicamento oral.

A substituição de injeções por comprimidos tem sido uma demanda crescente dos pacientes. 

O CEO da Eli Lilly, David Ricks, afirmou que a empresa planeja apresentar novos dados ao longo do ano e solicitar aprovação regulatória para obesidade até o fim de 2025.

Pílula contra obesidade enfrenta desafios com efeitos colaterais

Apesar dos bons resultados, cerca de 8% dos participantes do estudo interromperam o tratamento devido a efeitos colaterais como náuseas, vômitos e diarreia. 

No entanto, essa taxa de descontinuação ficou dentro das expectativas do setor, que estima até 9% de desistência em medicamentos orais para perda de peso.

Concorrência no mercado de pílulas para obesidade se acirra

O mercado global de medicamentos contra obesidade é avaliado em mais de US$ 150 bilhões por ano. 

Enquanto a Eli Lilly avança, a Pfizer anunciou recentemente o fim do desenvolvimento de sua pílula danuglipron, após um paciente apresentar possível lesão hepática.

Com a retirada da Pfizer e o avanço da Eli Lilly, o cenário se mostra promissor para o orforglipron. 

A busca por alternativas sem agulhas pode redesenhar o setor nos próximos anos.

A pílula contra obesidade da Eli Lilly representa um avanço importante na luta contra o excesso de peso e o diabetes tipo 2. 

Com resultados expressivos e uma resposta positiva do mercado, a expectativa é alta para os próximos passos da empresa. 

Se aprovada, a orforglipron pode se tornar uma opção inovadora e acessível para milhões de pacientes no mundo.