Vantagem

Pine: Brasil pode ter crescimento do PIB com guerra comercial

O diretor de pesquisa econômica do Banco Pine, Cristiano Oliveira, enxerga o Brasil como favorecido na guerra tarifária entre China e EUA

Fonte: Divulgação
Fonte: Divulgação

O diretor de pesquisa econômica do Banco Pine, Cristiano Oliveira, enxerga o Brasil como favorecido na guerra tarifária entre China e EUA.  Modelos utilizados pelo banco sugerem ganho do país nesse contexto, com previsão de aumento do PIB (Produto Interno Bruto) em 0,1 p.p (ponto percentual) para 2025.

“O Brasil tende a ganhar nesse cenário de guerra comercial que se forma, porque é uma das poucas grandes economias do planeta que não precisa se alinhas a nenhum bloco”, avalia Oliveira. Ele reforça que o país tem condições climáticas e terras disponíveis para enfrentar a demanda de alimentos vindos da Ásia.

 Segundo os cálculos da instituição, os setores brasileiros mais beneficiados pela guerra comercial em termos de volume exportado são vestuário, eletrônicos e automotivos.

Oliveira se diz otimista com o Brasil no médio prazo justamente por essa combinação de ambiente econômico global “francamente favorável” e pela perspectiva da agricultura. O economista elevou a projeção de 1,9% para 2,1% do PIB brasileiro, apostando na agricultura que tem estimativa de crescimento em 8,5%.

Prévia do PIB: IBC-Br sobe 0,4% em fevereiro, acima da expectativa do mercado

IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, apresentou um aumento de 0,4% em fevereiro em comparação com janeiro.

O resultado supera a expectativa do mercado, que previa uma alta de 0,2%, e ocorre após um crescimento de 0,9% em janeiro.​

Em relação a fevereiro de 2024, o IBC-Br registrou um avanço de 4,1%. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice apresentou um crescimento de 3,8%.

Considerando o trimestre encerrado em fevereiro, houve uma expansão de 3,4%, e na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, a variação positiva foi de 0,1%.​

O IBC-Br é elaborado com base em proxies representativas dos índices de volume da produção da agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além do índice de volume dos impostos sobre a produção.