
O Pix, sistema de transferências instantâneas do Banco Central (BC), registrou um novo marco na última sexta-feira (5). Pela primeira vez, a ferramenta ultrapassou 300 milhões de operações em um único dia, consolidando seu maior volume de transações em 24 horas.
Somente na última sexta-feira, o Pix registrou 313,3 milhões de operações realizadas por usuários finais. De acordo com o Banco Central, o volume financeiro também atingiu um patamar inédito: R$ 179,9 bilhões movimentados em apenas 24 horas.
Em nota, o BC afirmou que o desempenho reforça o papel do Pix como infraestrutura pública essencial para a economia do país. Destacando que os números evidenciam sua relevância no funcionamento das transações nacionais.
Lançado em novembro de 2020, o Pix somava, ao final de novembro, 178,9 milhões de usuários, segundo as estatísticas mais recentes. Desse universo, 162,3 milhões eram pessoas físicas e 16,6 milhões representavam empresas. Já em outubro, conforme os dados consolidados, o sistema registrou R$ 3,32 trilhões em movimentações.
BC lança MED 2.0 para reforçar a segurança do Pix contra fraudes e golpes
O BC (Banco Central) deu início, neste domingo (23), à oferta da nova versão do MED (Mecanismo Especial de Devolução) do Pix. Batizado de MED 2.0, o sistema amplia o rastreamento de recursos envolvidos em fraudes, golpes e situações de coerção, permitindo mapear toda a cadeia de contas por onde o dinheiro transita antes de ser dispersado pelos criminosos.
Sendo assim, a mudança corrige uma das principais fragilidades da versão atual, que só permite o bloqueio e a devolução de valores na primeira conta que recebe o dinheiro ilícito. Contudo, como fraudadores costumam fragmentar e redirecionar rapidamente os recursos, a recuperação se tornava limitada. Portanto,agora, o BC passa a seguir o rastro completo da movimentação, mesmo quando os valores são pulverizados em diversas contas.
Desse modo, com a atualização, as instituições financeiras poderão realizar devoluções em até 11 dias após a contestação apresentada pela vítima. A adoção é opcional neste primeiro momento, e cada banco decide se vai liberar imediatamente o serviço. O diretor de Organização do Sistema Financeiro do BC, Renato Gomes, afirmou que a expectativa é de adesão ampla já no início da operação. Segundo ele, o novo desenho “permite rastrear o dinheiro em mais camadas”, bloqueando valores dispersos com muito mais eficiência.