O Pix passará a ser utilizado em operações de crédito a partir de 2023, de acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Segundo o ex-presidenciável, a novidade está prevista na agenda do Banco Central. Nesta segunda-feira (30), Haddad participou de uma reunião na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
“Fiz uma reunião de uma hora e meia com o presidente do Banco Central. Vamos desengavetar todas iniciativas do BC que estavam paradas no Executivo”, disse o ministro.
Haddad ainda destacou que existem 8 projetos de lei prontos para serem encaminhados e que, por questões apenas formais, estão travados. “A lei de garantias, com pequenos ajustes, vai passar pelo Senado”, afirmou.
O ministro da Fazenda relatou também que pretende trabalhar pela abertura do mercado de crédito e pela queda dos spreads, sem descuidar dos avanços que já foram conquistados.
Pix movimentou mais de R$ 10 trilhões em 2022
O Pix movimentou R$ 10,9 trilhões em 2022, de acordo com dados do Banco Central. O montante representa o dobro do alcançado em 2021, de R$ 5,21 trilhões. Apenas em dezembro, foi registrado R$ 1,22 trilhão em operações no sistema de pagamentos instantâneos.
Além disso, o Pix alcançou 141,6 milhões de usuários cadastrados somente em dezembro, com 550,8 milhões de chaves registradas, entre CPFs/CNPJs, números de celular, e-mails e sequências aleatórias.
Em 2022, foram efetivadas 24,13 bilhões de operações no Pix. Atualmente, o sistema de pagamentos instantâneos conta com 790 instituições participantes.
Pix tem novas regras em 2023
Novas regras do Pix entraram em vigor em 2 de janeiro. Com as mudanças, o limite individual por transação deixou de existir, o horário noturno passou a ser personalizado e os valores das modalidades Pix Saque e Pix Troco aumentaram. De acordo com a instituição monetária, mais de 138 milhões de usuários já estão cadastrados no sistema de transferência instantânea.
As alterações foram anunciadas pelo Banco Central no início de dezembro. De acordo com a instituição monetária, as novas regras oferecerão mais segurança e flexibilidade ao mecanismo de pagamento, que bateu recorde de 104,1 milhões de transações por dia com o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro, em 20 de dezembro.
Segundo o BC, a sugestão para abolir o limite por operação foi feita em setembro pelo Fórum Pix, grupo de trabalho coordenado pelo órgão e secretariado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que reúne as instituições participantes do Pix.