Avaliação do secretário

Planejamento: reversão do novo bloqueio orçamentário é improvável

Segundo Gustavo Guimarães, secretário do Ministério do Planejamento, a melhora na economia garante que a meta fiscal não sofrerá mudanças

Gustavo Guimarães, secretário do Ministério do Planejamento e Orçamento / Foto: MPO
Gustavo Guimarães, secretário do Ministério do Planejamento e Orçamento / Foto: MPO

O secretário executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, Gustavo Guimarães, afirmou nesta segunda-feira (23) que a reversão do bloqueio orçamentário de R$ 13,3 bilhões é “muito difícil” de acontecer.

A única possibilidade de reversão, segundo ele, era do contingenciamento de R$ 3,8 bilhões. Esse bloqueio orçamentário em questão ocorreu devido a um leve aumento de receitas que compensou os gastos obrigatórios.

Por conta da situação também foi permitido um bloqueio menor que o feito anteriormente, em R$ 2,1 bilhões.

As receitas tem perfomado bem, de acordo com Guimarães, o que reflete uma melhora no potencial de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e que garante que “a alteração da meta fiscal não vai acontecer”.

O secretário do Planejamento e Orçamento também enfatizou a importância de cumprir a meta de resultado primário estabelecida no PLOA (Projeto de Lei Orçamentária) em zero.

Ele também deu ênfase ao fato de que todas as medidas tomadas até agora visam garantir o equilíbrio fiscal.

Governo detalha bloqueio orçamentário de R$ 2,1 bi nesta segunda

Os Ministérios da Fazenda e do Planejamento convocaram uma coletiva de imprensa para esta segunda-feira (23), às 11h, onde apresentarão detalhes sobre o novo bloqueio orçamentário de R$ 2,1 bilhões.

A apresentação será conduzida por membros da Secretaria de Orçamento Federal (SOF), do Tesouro Nacional e da Receita Federal.

Com este novo bloqueio, o total congelado chega a R$ 13,3 bilhões. A equipe econômica justifica essa medida como essencial para que o governo alcance a meta de eliminar o déficit nas contas públicas.

Essas informações foram reveladas no relatório de avaliação de receitas e despesas do quarto bimestre, que foi enviado ao Congresso Nacional na última sexta-feira (20).

Embora o montante bloqueado tenha aumentado, o governo também informou sobre a reversão de R$ 3,8 bilhões do contingenciamento realizado em julho.

Reversão de bloqueio orçamentário é viabilizada por aumento de receitas

A quantia refere-se ao montante reservado para cobrir despesas obrigatórias, impactando principalmente o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as emendas parlamentares.

De acordo com o relatório divulgado, a reversão desse bloqueio foi viabilizada por um aumento nas receitas, que totalizou R$ 4,4 bilhões entre julho e agosto.

Embora a equipe econômica forneça mais detalhes sobre os cálculos que justificaram o bloqueio, a lista dos ministérios e órgãos afetados será revelada apenas no dia 30 deste mês. No relatório anterior, todas as pastas tiveram seus orçamentos reduzidos.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile