A economia chinesa deu sinais de desaceleração, deixando as empresas sob pressão. O Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial da indústria caiu a 50,1 pontos, ante os 50,4 registrados no mês anterior. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (31) pela Agência Nacional de Estatística.
“Os PMIs piores do que o esperado aumentam a convicção de nossa visão de que a desaceleração do crescimento no segundo semestre pode ser bastante notável”, disseram analistas do Nomura em nota, de acordo com a Reuters.
“Esperamos que Pequim mantenha sua combinação de ‘aperto direcionado’ para alguns setores, especialmente o setor imobiliário e indústrias altamente poluentes, complementado por ‘afrouxamento universal’ para o resto da economia”, completaram.
O PMI industrial apontou uma queda na demanda, com um recuo nas novas encomendas indo para 46,7 pontos, o menor já registrado em mais de um ano.
As fábricas tiveram que dispensar trabalhadores, somando isso às restrições relacionadas à pandemia da Covid-19, levando o setor de serviços a sofrer perdas pela primeira vez desde o ápice da pandemia. O PMI de serviços, relativo a agosto, ficou em 47,5 pontos.
Já o PMI composto, que inclui a atividade industrial e de serviços, caiu a 48,9 no mês, frente aos 52,4 pontos de julho.
Todo o patamar acima de 50 pontos é considerado expansão, e abaixo, retração.