Depois de chegar ao maior patamar desde 2022 em maio, o PMI de Serviços do Brasil recuou para 54,8 em junho, contra 55,3 do mês anterior, informou a a S&P Global nesta quarta-feira (3).
O PMI composto, que consolida indústria e serviços, teve ligeiro avanço, de 54,0% em maio para 54,1 em junho.
Ainda segundo a pesquisa, o ritmo de expansão de novos pedidos diminuiu para o nível mais baixo em cinco meses, tanto no setor industrial como no de serviços.
Apesar de inferior ao resultado de maio, a taxa de crescimento do PMI de Serviços de junho continuou no campo de expansão (50) e acima da sua média de longo prazo.
PMI de Serviços: aumento nos preços de insumos puxaram índice para baixo
Em meio a relatos de fragilidade cambial, perdas de safras e consequências das enchentes no Rio Grande do Sul (RS), os preços de insumos subiram ainda mais em junho, conforme a pesquisa.
Foram apontados custos maiores de energia, alimentos, combustíveis, seguros, mão de obra e água em relação a maio. A taxa geral de inflação foi acentuada, a mais acelerada em oito meses e ficou acima da sua média de longo prazo.
Para Pollyanna De Lima, diretora associada econômica da S&P Global Market Intelligence, o aumento acelerado nos custos de insumos poderia apresentar desafios à economia brasileira e aumentar as preocupações entre os formuladores de políticas.
Ainda mais depois que o BC interrompeu o ciclo de corte de juros e manter a Selic em 10,50%, conforme a decisão na última reunião do Copom.