A taxa de desocupação recuou 1,6 ponto percentual (p.p), ficando em 12,6%, no terceiro trimestre, ante os 14,9% registrados um ano antes. Nesse sentido, a população desocupada diminuiu 7,8% na comparação anual. As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (30).
No trimestre móvel de julho a setembro de 2021, a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) cresceu 2,1%, o equivalente a 2,2 milhões de pessoas, contra os três meses anteriores. Na comparação anual o avanço foi de 8,26%.
A população ocupada sentiu uma elevação de 11,4% na comparação ano a ano. Com isso, o nível de ocupação aumentou 49,0% em relação ao mesmo intervalo de tempo em 2020.
“No terceiro trimestre, houve um processo significativo de crescimento da ocupação, permitindo, inclusive, a redução da população desocupada, que busca trabalho, como também da própria população que estava fora da força de trabalho”, disse Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Os grupos de atividade que tiveram altas, ante o trimestre móvel imediatamente antes, foram Construção (7,3%), Indústria Geral (6,3%), Alojamento e alimentação (11%), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (7,5%) e Serviços domésticos (8,9%).
“É um processo de recuperação que já vinha ocorrendo a partir de junho. A categoria dos empregados domésticos foi a mais afetada na ocupação no ano passado e, nos últimos meses, há uma expansão importante. Embora haja essa recuperação nos últimos trimestres da pesquisa, o contingente atual desses trabalhadores é inferior ao período pré-pandemia”, explica a coordenadora.
Mesmo com o avanço do número de pessoas ocupadas, nenhum dos agrupamentos de atividades registrou um crescimento no rendimento médio real habitual, ante ao trimestre anterior. Nesse sentido, não houve elevações em nenhuma categoria em relação ao trimestre anterior no que diz respeito às posições de ocupação.