Sinal de corte nos juros

Powell: 'chegou a hora' de reduzir os juros nos EUA

Segundo o presidente do Fed, o momento e o ritmo dos cortes de juros vão depender dos dados, das perspectivas e do balanço de riscos

Jerome Powell
Foto: Divulgação/Fed

O presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, disse, em discurso no simpósio econômico de Jackson Hole, nesta sexta-feira (23), que chegou a hora de ajustar a política monetária dos EUA – um indicativo de início nos cortes de juros.

“Chegou a hora de ajustar a política. Minha confiança cresceu de que a inflação está a caminho de 2%”, disse Powell. “Os riscos de alta para a inflação diminuíram e os riscos de baixa para o desemprego aumentaram”, completou.

Powell disse ainda que parece ser improvável que o mercado de trabalho seja uma fonte de pressões inflacionárias elevadas tão cedo. “Não buscamos ou damos as boas-vindas a mais esfriamento nas condições do mercado de trabalho”

Segundo o presidente do Fed, o momento e o ritmo dos cortes de juros vão depender dos dados, das perspectivas e do balanço de riscos.

Ata do Fomc confirma corte de juros, mas o condiciona a dados positivos

ata do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) do Fed (Federal Reserve), divulgada nesta quarta-feira (21), deu sinais muito esperados pelo mercado. Segundo o documento, a ampla maioria dos dirigentes acredita que “seria apropriado cortar as taxas” de juros na próxima reunião.

Contudo, os membros do Fed condicionaram o movimento à continuidade de dados econômicos dentro das previsões.

Além disso, dados recebidos pelos membros do Fomc elevaram a confiança de que a inflação está caminhando para a meta de 2%. Nesse sentido, vários dos participantes chegaram a dizer que o “progresso recente na inflação”, somado à taxa de desemprego, forneceu “um caso plausível para um corte de 25 pbs (pontos-base) já na reunião de julho”.

Contudo, muitos dos que participaram da reunião pontuaram que reduzir as taxas de juros tarde ou cedo demais poderia enfraquecer indevidamente a atividade econômica do país.

O corte de juros nos EUA já é um consenso entre os mercados, mas analistas tinham dúvidas em relação à intensidade do corte.

Segundo a ata, o entendimento dos dirigentes é que os “riscos para o emprego aumentam”, enquanto para a inflação, foram reduzidos.