Jerome Powell, o presidente do Fed (Federal Reserve), voltou a apontar a necessidade de mais confiança no fato de que a inflação segue um caminho saudável à meta de 2%, mas indicou estar “bastante confiante” de que essa convergência ocorrerá.
Powell também afirmou que a política monetária dos EUA está restritiva, “mas não intensamente restritiva”, além de ter ressaltado os gastos públicos como “parte da história de inflação”.
O presidente do Fed esteve em sabatina na Câmara dos Representantes dos EUA, nesta quarta-feira (10), quando teceu as declarações. Powell participou de audiência no Senado na terça-feira, e, na nova sessão, repetiu o discurso.
O dirigente afirmou que o Fed precisa ter mais atenção ao mercado de trabalho e defendeu o uso do PCE (deflator de gastos com consumo) como métrica de inflação preferida do Banco Central norte-americano.
O indicador mede “os custos que as pessoas realmente enfrentam”, segundo ele. Powell ainda disse que não será preciso esperar até que a inflação caia para 2% para que os juros comecem a cair, mesma indicação feita em situações anteriores.
Powell: Fed tem “longo caminho a percorrer” para reduzir balanço
Em segundo dia de depoimentos, o presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, afirmou que a instituição ainda tem “um longo caminho a percorrer” para reduzir o tamanho de seu balanço patrimonial.
O Fed já reduziu o tamanho de sua participação em cerca de US$ 1,7 trilhão, disse Powell, mas irá cuidadosamente até um ponto de parada para garantir que as instituições financeiras tenham acesso a reservas adequadas.
O banco aumentou seu balanço em resposta à pandemia de Covid-19 para ajudar a suprimir os juros de longo prazo e sustentar a economia.
Atualmente, o Fed está permitindo que até US$ 25 bilhões por mês de seus títulos do Tesouro e 35 bilhões em títulos lastreados em hipotecas expirem à medida que vencem.