A desaceleração do crescimento nos preços e a redução no ímpeto do mercado de trabalho nos EUA deram ao Fed (Federal Reserve), Banco Central norte-americano, uma visão mais otimista sobre suas metas, conforme declarou Jerome Powell, presidente do Fed, nesta quarta-feira (31).
“O Fed não precisa mais estar 100% focado na inflação”, afirmou Powell em entrevista coletiva após o anúncio da decisão sobre os juros dos EUA pela autarquia.
Mesmo com os juros mantidos entre 5,25% e 5,50% ao ano pela oitava reunião consecutiva, tanto o comunicado como a coletiva de Powell tiveram um tom mais ameno e otimista em relação ao cumprimento da meta de inflação de 2%, que deve abrir caminho para o corte de juros já em setembro, na próxima reunião.
Na perspectiva do presidente do Fed, a economia norte-americana está se “normalizando” e os riscos de crescimento da inflação reduziram, à medida que os riscos de desaceleração do mercado de trabalho “são reais”.
Mesmo com a leitura mais otimista em relação ao cumprimento das metas de inflação a 2% e pleno emprego, Powell destacou que nenhuma decisão foi tomada em relação às reuniões futuras. “Vamos manter a política [monetária] restritiva para equilibrar a oferta e a demanda”, disse ele, de acordo com o “Valor”.
Powell afirma que seguirá à frente do Fed até o fim do mandato
Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve), afirmou que, definitivamente, concluirá toda a meta de seu atual mandato de liderança da instituição que corresponde ao banco central dos EUA.
Powell esteve em evento do Clube Econômico de Washington, D.C., onde foi questionado se cumprirá seu mandato no Fed, ao que ele respondeu que “sim”. O encargo está previsto para ser encerrado em maio de 2026.
A perspectiva de que Donald Trump, ex-presidente dos EUA e, agora, candidato à presidência novamente, vença a corrida eleitoral contra Joe Biden este ano, levantou dúvidas quanto ao futuro de Powell como chefe do Fed, de acordo com o “Suno”.