Banco cortou juros

Powell: eleições dos EUA não impactam decisões do Fed

“No curto prazo, a eleição não terá efeitos em nossas decisões políticas”, disse Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve)

Powell sinaliza manutenção da taxa de juros / Creative Commons
Powell sinaliza manutenção da taxa de juros / Creative Commons

Na avaliação do presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, afirmou nesta quinta-feira (7) que, por enquanto, as escolhas políticas do banco central não estão considerando o resultado da eleição dos EUA.

“No curto prazo, a eleição não terá efeitos em nossas decisões políticas”, disse Powell durante uma coletiva de imprensa após uma reunião do Fed.

A autoridade monetária norte-americana decidiu por unanimidade reduzir suas taxas de juros em 0,25 ponto percentual, para a banda de 4,5% a 4,75%.

“Não adivinhamos, especulamos e não assumimos” quais serão as futuras escolhas de políticas governamentais, disse Powell, segundo a “CNN Brasil”.

A expectativa, após a vitória do ex-presidente Donald Trump, é que as novas políticas governamentais provavelmente devem expandir os déficits e pressionar a inflação para cima.

Além disso, ao longo do ano Trump fez declarações indicando que poderia tentar intervir nas decisões do Fed.

Fed corta juros dos EUA para a faixa de 4,50% a 4,75%

Fomc (Comitê de Mercado Aberto), do Fed (Federal Reserve), Banco Central dos EUA, anunciou nesta quinta-feira (7) um corte de 0,25 p.p na taxa básica de juros do país. Sendo assim, a taxa passou para uma faixa entre 4,50% e 4,75% ao ano.

Normalmente, o Comitê do Fed se reúne na terça e na quarta-feira e anuncia sua decisão sobre os juros no segundo dia. Porém, por conta da eleição presidencial nos EUA, que ocorreu na terça-feira (6), o encontro passou para os dois dias seguintes.

Este foi o segundo corte consecutivo que a autoridade monetária realizou na taxa de juros dos EUA, após um longo período de manutenção do patamar alto. O primeiro foi em 18 de setembro deste ano, em 0,50 p.p.

A decisão do Comitê do Fed foi unânime, ao contrário do que ocorreu em setembro quando Michelle Bowman votou pelo corte de 0,25 p.p. ao invés dos 0,50 p.p.

A decisão do Fed já era esperada por especialistas do mercado financeiro, sobretudo após a divulgação dos dados do Payroll – criação de novas vagas de emprego nos EUA. 

Em outubro, o país norte-americano criou 12 mil vagas de emprego. “Com os dados do Payroll já fica meio cravado que eles cortam 0,25%”, comentou Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master.