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Powell: ‘inflação desacelerou substancialmente, ms ainda está alta’

“A perspectiva econômica é incerta e continuaremos atentos aos riscos inflacionários”, disse Powell

Foto: Divulgação
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O presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, declarou que os dados da economia dos EUA ainda não deram aos membros do banco central a confiança necessária de que a inflação está caindo à meta de 2% de forma sustentável. Com isso, um ciclo de cortes de juros pode começar.

“A inflação desacelerou substancialmente, mas ainda está muito alta”, afirmou Powell, de acordo com o “Valor”.

Segundo ele, os números do CPI (índice de preços ao consumidor) de maio, divulgados nesta quarta-feira (12), são “bem-vindos” e os dirigentes do Fed aguardam por mais dados nessa linha.

Contudo, a autoridade monetária reforçou que não há garantia de que os dados positivos do CPI de maio sejam repetidos nos próximos meses. “Temos que ver o que os dados de inflação de hoje significam para o balanço de riscos”, declarou.

Além disso, ele avaliou que o crescimento da economia norte-americana ainda é sólido e o PIB (Produto Interno Bruto) tenha sido moderado nos primeiros três meses de 2024. “A perspectiva econômica é incerta e continuaremos atentos aos riscos inflacionários”, afirmou.

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Powell disse que pode levar mais tempo para decidir sobre inflação

O presidente do Fed (Federal Reserve)Jerome Powell, declarou que a série de dados que apontaram para uma inflação mais forte do que o esperado nos EUA decepcionaram.

Powell comunicou que precisará de mais tempo para ter certeza de que a inflação está seguindo para a meta de 2%.

“Os dados recentes claramente não nos deram maior confiança e, em vez disso, indicam que provavelmente levará mais tempo do que o esperado para alcançar essa confiança”, disse a autoridade monetária, em Washington, de acordo com o “InfoMoney”.

Powell ainda acrescentou que, até a inflação mostrar um melhor progresso, “podemos manter o nível atual de restrição pelo tempo que for necessário”.

Na véspera, os EUA divulgaram dados que apresentavam crescimento de 0,7% em março nas vendas do varejo. No primeiro trimestre de 2024, a alta foi de 2,1%.