Consumo

Preço da cesta básica recua em todas as capitais do Brasil

O ranking foi liderado pelo Rio de Janeiro, com queda de 6,97% na cesta básica

Foto: EBC / arquivo
Foto: EBC / arquivo

O conjunto de alimentos básicos teve uma redução no preço médio em 17 capitais do Brasil onde o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos

O ranking foi liderado pelo Rio de Janeiro, com queda de 6,97%, seguido de  Belo Horizonte (-6,39%), Brasília (-6,04%), Recife (-5,91%) e Salvador (-5,46%). A pesquisa se refere ao período entre junho e julho de 2024.

Entre os alimentos cujo preço reduziu, o quilo do tomate recuou em 16 cidades, enquanto o preço do feijão recuou em 13 capitais, o valor médio do arroz baixou em 13 capitais, e o valor do quilo da batata diminuiu em sete das 10 capitais da região Centro-Sul no intervalo da pesquisa, de acordo com o “Valor”.

A cesta básica apresentou o maior custo na capital paulista (R$ 809,77), logo atrás vieram Florianópolis (R$ 782,73), Porto Alegre (R$ 769,96) e Rio de Janeiro (R$ 757,64).

Enquanto isso, nas cidades do Norte e do Nordeste, os menores patamares dos valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 524,28), Recife (R$ 548,43) e João Pessoa (R$ 572,38). Em ambas as regiões a composição da cesta básica é diferente. 

Do início do ano até o momento, os preços médios subiram em 15 cidades, com variações entre 0,06%, em Belo Horizonte, e 7,48%, em Fortaleza. 

Em paralelo a isso, o custo dos alimentos básicos cresceu em 11 cidades, na base de comparação anual. Os destaques foram as variações de Goiânia (5,82%), Campo Grande (5,54%) e São Paulo (5,17%) Já em Recife o preço caiu 7,47% e em Natal recuou 6,28%.

Inflação global: La Niña ameaça elevar preço e perdas de emergentes

O fenômeno climático conhecido como La Niña deve elevar a inflação e penalizar os títulos dos mercados emergentes este ano. O desempenho das Bolsas da América Latina, em relação aos pares globais, já é inferior e a alta dos preços dos alimentos deve pesar mais. 

A La Niña tem 65% de chance de se formar no intervalo dos próximos 3 meses e persistir até 2025, conforme dados da NOAA (National Oceanic Atmospheric Administration), agência dos EUA que monitora o clima.

A previsão do cenário nos mercados da América Latina é da gestora Columbia Threadneedle Investments, enquanto outra gestora, A TCW Group, estima que os ativos em países como o Brasil, Argentina e outros da América Central enfrentarão um risco especial por conta dos eventos climáticos imprevisíveis, de acordo com a “Bloomberg”.

O fenômeno pode causar secas na região citada, afetando a safra e elevando os custos dos alimentos.

A La Niña acontece quando as temperaturas esfriam mais que o normal na superfície do mar, no meio do Oceano Pacífico.